Hérnia epigástrica
As hérnias designam a saída de um órgão da cavidade natural onde está localizado através de uma abertura. Essa abertura pode ter surgido em consequência de um problema congênito ou então durante a vida do paciente. São exemplos de hérnias as da parede abdominal (Hérnia inguinal e hérnia umbilical, por exemplo), do disco vertebral, do pulmão, das meninges, entre outras.
Como exemplo de hérnias relacionadas com a parede abdominal, podemos citar a chamada hérnia epigástrica. Ela possui prevalência de 10% e acomete principalmente homens com idade entre 20 e 50 anos.
Esse tipo de hérnia ocorre na linha média do abdômen (Linha Alba), entre o umbigo e o tórax. O surgimento desse tipo de hérnia está relacionado diretamente com problemas durante a formação dessa linha, portanto, trata-se de um problema congênito.
A causa exata para que ocorra a hernia epigástrica é ainda muito controversa. Entretanto, entre as teorias mais aceitas, está a de que a fixação do diafragma provoca uma tensão maior na região epigástrica, desencadeando a formação desse tipo de hérnia. Trabalho pesado, tosse, esforço e alguns esportes podem ter relação com o seu aparecimento.
Durante o surgimento da hérnia ocorre o afastamento dos músculos retos abdominais e a saída, principalmente, de tecido adiposo. No entanto, a protuberância formada pode conter também intestino, deixando o caso mais grave.
No exame físico é possível observar a presença de uma protuberância na região do abdômen, o que já sugere esse tipo de hérnia. Vale destacar, no entanto, que a hérnia é visível somente em alguns pontos.
A hérnia epigástrica pode provocar dor quando se pressiona o abdômen do paciente, entretanto, na maioria dos casos, ela é assintomática. A falta de sintomas faz com que o assunto seja pouco abordado na literatura, por isso são escassos textos sobre o assunto.
Esse tipo de hérnia não se cura espontaneamente, sendo assim, o tratamento recomendado é cirurgia. A cirurgia consiste na reparação da região abdominal que está enfraquecida e o retorno do material que extravasou para o interior da cavidade abdominal.
Por geralmente não causar sérios riscos à saúde, não é considerada uma emergência. Em alguns pacientes, é recomendado o tratamento conservador, ou seja, sem a necessidade de cirurgia, porém, por aumentar de tamanho, muitos pacientes preferem a cirurgia. O procedimento cirúrgico também é evitado em pessoas muito jovens.