Infecção por rotavírus
A infecção por rotavírus, vírus de RNA da família Reoviridae, é uma das principais causas de diarreia grave no mundo. Estima-se que o vírus cause, por ano, aproximadamente 600 mil mortes, principalmente em crianças com menos de cinco anos.
O rotavírus é transmitido por meio da via fecal-oral, água e alimentos contaminados, contato pessoa-pessoa e objetos contaminados. De uma maneira geral, depois da contaminação, os sintomas da doença surgem entre um e três dias.
→Sinais e sintomas da infecção por rotavírus
As infecções por rotavírus apresentam sintomas que variam de uma pessoa para outra. Alguns pacientes apresentam quadros assintomáticos (sem sintomas); outros apresentam quadros leves com diarreia de duração limitada e existem ainda aqueles que apresentam casos graves caracterizados pela presença de diarreia, febres e vômitos, sintomas que podem levar a pessoa à desidratação. A diarreia, que normalmente dura de três a sete dias, é explosiva e com aspecto gorduroso, sem a presença de muco e sangue.
→ Diagnóstico do rotavírus
Para diagnosticar a infecção por rotavírus, é feita uma análise das fezes do paciente para que seja verificada a presença dos vírus. O melhor período para fazer a análise é entre o primeiro e quarto dia após o início dos sinais e sintomas.
→ Tratamento do rotavírus
Normalmente a doença evolui espontaneamente para a cura, entretanto, é necessário que o tratamento seja feito para que o organismo não sofra com desidratação e distúrbios hidreletrolíticos. Vale destacar, no entanto, que não existe um tratamento específico para a doença, e as recomendações são apenas reposição de água e eletrólitos. Não é necessário realizar a mudança da dieta.
É importante frisar que, em casos leves, o tratamento pode ser feito em casa com soro e muito líquido. Entretanto, casos mais graves necessitam de internação hospitalar.
→ Vacina contra rotavírus
A vacina contra rotavírus deve ser aplicada em crianças e está incluída no calendário infantil de imunização desde março de 2006. Essa vacina confere um ampla proteção, com eficácia de aproximadamente 90% na prevenção contra as formas mais graves da doença, e está disponível nos postos de saúde do SUS.
A vacina distribuída em nosso país é oral e é aplicada em duas doses, uma quando a criança apresenta dois meses e outra quando a criança completa quatro meses. Vale destacar que crianças com doença gastrointestinal crônica e com imunodeficiência não podem tomar a vacina.
→ Prevenção contra o rotavírus
Além da vacina, existem outras formas de se proteger da infecção causada por rotavírus, todas relacionadas com bons hábitos de higiene. Para prevenir-se desse vírus, é fundamental lavar bem as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro e sempre limpar bem os alimentos antes do consumo.