Peiote
O peiote é o nome dado a um gênero de pequenos e redondos cactos, como o Lopophora williansi, encontrados no sudeste dos Estados Unidos até a região central do México. Contendo diversas substâncias alcaloides, como a loforina e a anhalonina, confere efeitos alucinógenos a quem ingere, tendo como principal componente psicoativo a mescalina.
Integrante de rituais religiosos destes povos desde o ano 1000 a.C.; também foi usado pelos astecas. Até hoje é considerado um amuleto, a emanação da divindade, um protetor espiritual, por alguns grupos da América Central, como os índios huichols; e integrantes da Igreja Nativo Americana - NAC (Native American Church).
Os efeitos psicoativos se iniciam aproximadamente uma hora após a ingestão do peiote, cru, seco, em pasta ou sua infusão; e duram aproximadamente dez horas. As alucinações envolvem alterações visuais, auditivas, táteis, olfativas e gustativas; sinestesias e percepção distorcida de espaço e do corpo. Estas vêm, geralmente, acompanhadas de dilatação da pupila, suor excessivo, taquicardia e, em alguns casos, náuseas e vômitos. Em pessoas pré-dispostas, há o risco de seu uso desencadear em surtos psicóticos e de pânico.
Estudos feitos a partir do século XIX apontam que o peiote não causa dependência crônica, nem crise de abstinência; além disso, este cacto possui propriedades contra a cegueira, febre e alcoolismo; podendo também ser utilizado para tratamento de problemas respiratórios, problemas cardíacos, surtos histéricos e infecções bacterianas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia