Tráfico de droga e “mulas”
Quando falamos em tráfico de drogas, o termo “mula” se refere ao indivíduo que, conscientemente ou não, transporta droga em seu corpo, geralmente para outros países. Em casos mais extremos, em orifícios, ou mesmo por meio da ingestão da droga, encapsulada ou em forma de pacotes, embrulhada com plásticos.
Em diversos casos, a pessoa de baixo poder aquisitivo, com diversas dívidas, se submete a esta situação por uma suposta necessidade financeira – embora existam diversos meios, éticos, para se garantir a sobrevivência. Em outros, a ganância grita alto, e pessoas como a Miss México Laura Zúñiga, encaram a proposta em busca de dinheiro fácil.
Para os grandes traficantes, utilizar este tipo de “mão de obra” é vantajoso por afastá-los da fiscalização, por envolverem pessoas que geralmente não levantam suspeitas e pelo fato de que, caso uma mula seja presa, os “prejuízos financeiros” são menores.
A questão é que, além do perigo óbvio de ir para a cadeia, as mulas estão sujeitas a várias situações nada agradáveis. Uma delas é a possibilidade de se envolver cada vez mais no mundo do crime; e outra situação é a “punição” pelos grandes traficantes quando não se segue o protocolo combinado (dentre estas, a morte, geralmente com requintes de crueldade, é uma possibilidade). Ser facilmente descartado ou substituído pelo “empregador”, ou mesmo ser denunciado por ele para que os policiais se envolvam com a situação enquanto uma carga bem maior é transportada pela mesma via são também outros exemplos.
Não nos esquecendo dos indivíduos que ingerem a droga, que correm sérios riscos de saúde, considerando a grande probabilidade de uma ou mais cápsulas se romperem no organismo deles. Em diversos casos, a morte instantânea encerra este fato.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia