Barreira do som
Geralmente, em filmes de ação e ficção científica, vemos heróis ou superaviões que entram em movimento com velocidades altíssimas e, como consequência, geram um estrondo no ar. Esse intenso barulho é ocasionado quando corpos em alta velocidade ultrapassam a velocidade do som no ar e rompem a chamada barreira do som.
As ondas sonoras são ondas mecânicas (que precisam de um meio de propagação) que se propagam em frentes de ondas esféricas, semelhantemente às ondas geradas na água pela queda de um objeto, mas para todas as direções. A velocidade de propagação dessas ondas no ar, em condições normais, é de aproximadamente 1224 km/h (340m/s). Portanto, no momento em que um avião supersônico acelera e chega a essa velocidade, dizemos que a barreira do som foi atingida e, ao ultrapassar a marca dos 1224 km/h, a aeronave rompe essa barreira.
As ondas mecânicas, ao se propagarem, transportam energia. No momento do rompimento da barreira do som, por exemplo, essa energia é manifestada. Além do intenso barulho produzido, forma-se uma nuvem (como na imagem que abre o texto) que é fruto da condensação do vapor d’água em virtude da extrema variação de pressão ocorrida ao redor de uma aeronave, por exemplo. Esse fenômeno é uma face da manifestação da energia transportada pelas ondas mecânicas.
Foi em outubro de 1947 que o americano Chuck Yeager realizou o primeiro voo supersônico da história. O austríaco Felix Baumgartner, por sua vez, em outubro de 2012, 65 anos após o primeiro voo supersônico, foi o primeiro homem a romper a barreira do som com o próprio corpo após saltar de um balão a aproximadamente 39 km de altura. A queda livre durou cerca de 4 min e 20s e Baumgartnher atingiu a incrível velocidade de 1173 km/h, rompendo a barreira do som na atmosfera, que é de aproximadamente 1110 km/h.
* Créditos da Imagem: Chris Parypa Photography / Shutterstock