Orogênese e Epirogênese
Orogênese e Epirogênese – ou, simplesmente, orogenia e epirogenia – são tipos de classificação dos movimentos tectônicos. Tal classificação foi realizada para que fosse possível entender os processos gerados pelo tectonismo, haja vista que este fenômeno pode apresentar diferentes comportamentos, ter tempos de duração variados e resultados distintos.
Quando os movimentos internos da Terra são de curta duração (sob o ponto de vista geológico) e caracterizam-se pelo choque entre duas placas tectônicas distintas, dá-se o nome de orogênese, ou movimentos orogênicos. Este processo costuma ocorrer em formações geológicas recentes e instáveis.
Esquema ilustrativo da orogênese, em que o atrito entre duas placas provoca dobramentos geológicos, com falhas e vulcanismos
Os resultados dos movimentos orogênicos são a formação de grandes cadeias de montanhas e cordilheiras, uma vez que o encontro entre as placas provoca o soerguimento do relevo terrestre. Além disso, a orogênese provoca, também, o surgimento de vulcões e falhas geológicas, grandes responsáveis pelos abalos sísmicos e terremotos.
Quando os movimentos internos são de longa duração (também sob o ponto de vista do tempo geológico), com a ocorrência de movimentos verticais, dá-se o nome de epirogênese ou movimentos epirogênicos, que provocam o soerguimento (a elevação de altitudes sem dobras ou falhas) ou a subsidência (o rebaixamento das altitudes de um determinado relevo).
A epirogênese costuma ocorrer em terrenos estáveis e de formação geológica antiga, ou seja, mais planos e menos acidentados. Por não apresentar dobras e falhas, não proporciona terremotos ou vulcanismo, além de abranger áreas de dimensões continentais.