Relação entre latitude e clima
O clima é um fenômeno altamente variável e muito sensível a qualquer alteração de ambiente, local e constituição física dos lugares. Por esse motivo, é muito importante entender todos os fatores que o influenciam a fim de melhor analisar a dinâmica que orienta as variações climáticas e meteorológicas. Sendo assim, um relevante estudo encontra-se em analisar a relação entre latitude e clima.
Por definição, as latitudes são as linhas imaginárias que cortam o planeta Terra no sentido horizontal, ou seja, no sentido leste-oeste. A faixa latitudinal mais conhecida é a Linha do Equador, responsável por dividir a Terra nos hemisférios norte e sul. Essa linha marca a latitude 0º, que aumenta o seu valor para as linhas imaginárias ao longo do hemisfério norte até 90º e diminui para -90º no hemisfério sul.
Em resumo, podemos dizer que a relação entre latitude e clima estabelece-se da seguinte forma: quanto menores as latitudes – ou, melhor, quanto mais próximas elas forem de zero –, maiores tendem a ser as temperaturas. Em outras palavras, quanto mais próximos estivermos da linha equatorial, mais quentes serão as temperaturas, exceto quando outros fatores climáticos (como a altitude) preponderarem sobre uma determinada área.
Por que as temperaturas variam com a latitude?
Por causa do formato esférico da Terra e do grau de inclinação dos raios solares. As faixas equatoriais recebem mais diretamente os raios solares, que incidem com maior intensidade e geram mais calor sobre o ambiente. Já nos ambientes temperado e polares, os raios solares incidem de forma mais inclinada e, portanto, com menor intensidade.
Exemplo da incidência dos raios solares durante os equinócios
Nas áreas posicionadas entre os trópicos e os círculos polares – zonas temperadas –, os raios solares só incidem mais fortemente no período dos solstícios de verão correspondentes a cada hemisfério. Sendo assim, somente nessa estação do ano as temperaturas são maiores, pois durante esse período os raios solares encontram-se menos inclinados e, assim, mais intensos.
Já nas regiões polares (ao norte do círculo polar ártico e ao sul do círculo polar antártico) no período do verão, o sol incide durante todo o dia — mas ainda assim com inclinação reduzida — durante um período de seis meses. Nos outros seis meses do ano, é inverno e o sol não pode ser visto, o que contribui para uma redução drástica das temperaturas.
Exemplo da inclinação dos raios solares durante o solstício de verão no hemisfério norte
Perceba que, independentemente da variação dos solstícios e equinócios, as zonas equatoriais sempre estarão recebendo com grande intensidade os raios solares, o que explica, então, o fato de essas áreas terem médias térmicas anuais mais elevadas.