Casos em que não se usa o artigo
O texto intitulado “Uso do artigo” nos fez reconhecer, entre outros pormenores, acerca da riqueza dos muitos aspectos específicos que se encontram envoltos nas ocorrências linguísticas que demarcam esse precioso idioma, caracterizado pela língua portuguesa. Ainda que um tanto complexas, em se tratando de alguns casos, não nos resta alternativa alguma senão compreendê-las e, consequentemente, colocá-las em prática toda vez que as situações comunicativas assim o exigir.
Partindo de tal pressuposto, entre essa carga complexa de particularidades, uma delas - aqui representando o assunto central de nossa discussão - pende para algumas situações que se traduzem pelo não uso do artigo, ou seja, de modo taxativo, indicam-nos as situações em que assim devemos proceder, ou seja, aquelas em que essa classe gramatical não é bem-vinda. Dessa forma, tornemo-nos conscientes de tais casos:
# Após o pronome “cujo” e eventuais variações (eventuais no sentido das flexões):
Esse é o aluno cujo pai esteve aqui ontem.
# Em se tratando da palavra “casa”, uma vez representando o próprio domicílio de quem pratica a enunciação, ou seja, de quem fala e/ou escreve:
Somente hoje ficarei em casa, pois amanhã terei um compromisso.
# Antes de pronomes de tratamento, exceto nos casos referentes a senhor(a), senhorita e madame:
Durante a reunião houve bastante elogios sobre Vossa Excelência.
# Antes da palavra “terra”, uma vez empregada em oposição a bordo:
Ainda se fazia noite quando os tripulantes desembarcaram em terra para aplaudir o último espetáculo da noite.
# No início de provérbios:
Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
# No que se refere a nome de jornais, revistas, obras literárias, entre outros, não se recomenda a combinação entre a preposição e o artigo que integra o nome de tais fontes de comunicação:
Interessamos pela reportagem retratada na Folha de São Paulo. (colocação inadequada)
Interessamos pela reportagem retratada em A Folha de São Paulo. (colocação correta)