Diferenças entre a subordinada substantiva subjetiva e a objetiva direta
Perante os estudos das orações subordinadas um fato é certo: haverá questionamentos e mais questionamentos acerca da classificação que a elas se atribui, dado o grande contingente delas, bem como a diversidade de conjunções que integram as tantas modalidades. Nesse sentido, outro fato tende a revelar significativa preponderância, demarcado pelo fato de que para apreendê-las, pautar-se pelo famoso decoreba não representa nenhum avanço, pois o melhor caminho a ser seguido ainda continua sendo a análise do contexto em que se encontram empregadas.
Assim, dada essa realidade linguística, sobretudo pelos equívocos cometidos (haja vista que as conjunções, em alguns casos, desempenham duplo papel), ocupemo-nos em conhecer as diferenças que demarcam as orações subordinadas substantivas subjetivas e as objetivas diretas.
Observe algumas colocações:
* Em se tratando dos casos em que o sujeito do verbo da oração principal não estiver nela contido, tal fato sinaliza que a oração subordinada irá ocupar sempre essa função (a de sujeito), o que justifica dizer que se trata de uma oração subordinada substantiva subjetiva. Vejamos, pois, os enunciados que ilustram a ocorrência em questão:
# Justificou-se que não haveria aula no dia seguinte.
Justificou-se – Oração principal
Que não haveria aula no dia seguinte - Oração subordinada substantiva subjetiva, cujo verbo se encontra na voz passiva sintética.
# Foi justificado que não haveria aula no dia seguinte.
Foi justificado – oração principal
Que não haveria aula no dia seguinte - oração subordinada substantiva subjetiva, cujo verbo se encontra na voz passiva analítica.
* Nos casos em que o sujeito do verbo referente à oração principal se encontrar nela contido, a oração subordinada será o objeto direto, ocorrência essa que nos indica se tratar de uma oração subordinada substantiva objetiva direta. Constatemos os exemplos:
# Todos querem que você entregue as encomendas.
Todos querem – oração principal, cujo verbo é representado por “querer”.
- que você entregue as encomendas - oração subordinada substantiva objetiva direta.
# Não quero que ela se sinta culpada pelo ocorrido.
Não quero – oração principal
- que ela se sinta culpada pelo ocorrido - oração subordinada substantiva objetiva direta.