Objeto direto e indireto pleonástico
Mediante o laborioso exercício relativo à busca pelo conhecimento, constatamos que em tudo aquilo que aprendemos, independentemente de qualquer que seja o assunto abordado, há um encadeamento de informações, ou seja, uma ideia nos remete a outra anteriormente conhecida e assim por diante. No caso dos fatos relacionados à gramática, a situação não se diverge, uma vez que também há esse estreito laço entre os elementos.
Assim, ao ressaltarmos acerca do objeto direto, de imediato nos recordamos que se trata de um complemento verbal, pertencendo este a verbos ora transitivos diretos, ora indiretos. Mas, afinal, o termo pleonástico teria relação com algum outro assunto do qual já temos conhecimento? Certamente que sim, uma vez que ele nos contextualiza ao campo das figuras de linguagem – recursos expressivos utilizados no sentido de realçar a linguagem.
Partindo-se de tais pressupostos, analisemos, pois, os enunciados que seguem:
Aquela obra magnífica, leio-a incessantemente.
Atendo-nos a uma minuciosa análise, constatamos que o termo evidenciado por “aquela obra magnífica” representa o complemento do verbo ler, e o pronome oblíquo, expresso por “a”, também desempenha a mesma função. Deste modo, temos um objeto direto colocado no início da oração e, em seguida, temos o mesmo complemento, só que agora representado por um pronome oblíquo, uma vez que em alguns casos ocupa tal função. Assim sendo, estamos diante do chamado objeto direto pleonástico, visto que a referida repetição se deu no sentido de reafirmar a mensagem, dando ênfase à “obra magnífica”.
O mesmo pode ocorrer com o objeto indireto, cujo intento se revela da mesma forma. Analisemos, portanto:
Aos mais velhos, dê-lhes o devido respeito.
Aqui temos um objeto indireto, expresso por “aos mais velhos” e, por conseguinte, temos o pronome oblíquo “lhe”, que também cumpre a função de representar o objeto indireto pleonástico.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras