Difusão e Efusão dos Gases
Vários fenômenos do cotidiano, relacionados aos gases, têm relação com duas propriedades muito importantes, que são a difusão e a efusão.
A difusão é a capacidade que as moléculas dos gases (ou átomos, no caso dos gases nobres) têm de se movimentarem espontaneamente através de outro gás.
O ar que respiramos é uma mistura de gases, sendo que os principais são o gás nitrogênio e o gás oxigênio. Veja alguns exemplos de difusão de gases através do ar que ocorrem em nosso cotidiano:
- Sentimos o cheiro do gás ao trocar o botijão;
- Uma pessoa perfumada entra em um ambiente e todos sentem o cheiro;
- A fumaça que sai da chaminé das fábricas ou do escapamento dos automóveis se dispersa pelo ar e, com o tempo, não conseguimos mais distingui-la;
- Toda a geladeira fica com um cheiro ruim quando há alguma comida estragada dentro dela;
- Quando alguém está fumando em um ambiente fechado, todos sentem o cheiro desagradável;
- Essências aromáticas e velas perfumadas deixam todo o ambiente com um cheiro agradável.
Sentimos o cheiro de um perfume, de aromatizantes e de velas perfumadas porque algumas de suas moléculas escapam, espalhando-se (difundem-se) pelo ar
Em todos esses casos, temos um gás difundindo-se por outros gases (do ar). O resultado é uma mistura de gases, que sempre será homogênea.
Já a efusão é uma espécie de difusão, pois se refere ao movimento espontâneo das partículas de um gás através de um ou vários orifícios, indo na direção de um ambiente com pressão menor.
Por exemplo, notamos que um balão com o tempo murcha. Isso ocorre porque o gás dentro do balão acaba passando pelos pequenos orifícios da borracha.
Visto que a movimentação de um gás está relacionada à energia cinética das partículas e que quanto maior a temperatura, maior é a energia cinética. Então concluímos que quanto maior for a temperatura do gás, maior será a velocidade de difusão e efusão.
Mas e quando a pressão e a temperatura dos gases são iguais? Como sabemos qual é a sua velocidade de difusão? A resposta foi dada pelo químico escocês Thomas Graham (1805-1869). Leia o texto Lei de Graham para entender melhor sobre esses aspectos quantitativos.