Enóis
O esquema genérico da estrutura do seu grupo está representado abaixo:
Muitas vezes um enol é confundido com outros dois grupos funcionais orgânicos, que são: álcoois e fenóis. Observe as diferenças entre eles a seguir:
Álcoois: diferentemente dos enóis, os álcoois têm a hidroxila ligada em um carbono saturado, isto é, que só faz ligações simples.
Fenóis: no caso dos fenóis, a hidroxila está ligada diretamente ao anel benzênico. Note que apesar de o carbono ser insaturado, nos enóis a cadeia tem que ser aberta.
O enol é um composto instável, podendo ser convertido facilmente em cetona ou aldeído. A presença dos enóis se dá principalmente no fenômeno isomérico da tautomeria, em que cetonas ou aldeídos se encontram em equilíbrio com os enóis. O que ocorre é que a ligação dupla entre o oxigênio e o carbono da cetona ou do aldeído pode migrar para o átomo de carbono vizinho. Assim, o hidrogênio deste carbono se desloca, ligando-se ao oxigênio da função orgânica e tornando-se um enol. Observe como isso ocorre nos equilíbrios abaixo:
O enol pode ser obtido também pela substituição de hidrogênios de carbonos de hidrocarbonetos com a dupla ligação, pelo grupo hidroxila (-OH).
*Nomenclatura: |
Sua nomenclatura obedece às regras estabelecidas pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) para os álcoois, com apenas uma diferença: no intermediário (tipo de ligação), coloca-se “en”, indicando a dupla ligação; e não “na”, que indica a ligação simples para os álcoois. Assim, temos:
Exemplos: