Teste do pezinho
O teste do pezinho é um exame laboratorial realizado com uma amostra de sangue coletada do calcanhar do bebê, permitindo a identificação precoce de doenças graves, como hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria.
Esse teste é importante para detectar doenças antes do surgimento dos sintomas, possibilitando um tratamento imediato, que pode prevenir danos permanentes, como atrasos no desenvolvimento e problemas neurológicos. No Brasil, o teste é obrigatório e oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo uma medida preventiva essencial para a saúde neonatal.
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Resumo sobre o teste do pezinho
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O teste do pezinho é um exame realizado em recém-nascidos para identificar precocemente doenças genéticas, metabólicas e infecciosas.
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O sangue é coletado por uma pequena punção no calcanhar do bebê, geralmente entre o 3º e o 5º dia de vida.
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Existem versões básicas e ampliadas do teste do pezinho, variando o número de doenças que podem ser detectadas.
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O teste pode identificar doenças como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, síndromes falciformes, hiperplasia adrenal congênita, e deficiência de biotinidase.
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O principal objetivo é permitir a intervenção médica precoce para prevenir complicações graves, melhorar o prognóstico e a qualidade de vida do bebê.
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No Brasil, o teste é obrigatório e oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo altamente recomendado realizá-lo no período adequado.
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O Dia Nacional do Teste do Pezinho, comemorado em 6 de junho, pretende aumentar a conscientização sobre a importância desse exame.
O que é o teste do pezinho?
O teste do pezinho é um exame laboratorial realizado em recém-nascidos que ajuda a detectar precocemente doenças genéticas, metabólicas e infecciosas. Ele faz parte da triagem neonatal, um conjunto de exames que ajudam a identificar condições que possam interferir na qualidade de vida do recém-nascido.
O teste recebe esse nome porque uma amostra de sangue é coletada do calcanhar do bebê. No Brasil, o dia 6 de junho é destinado a comemorar o Dia Nacional do Teste do Pezinho. Essa data foi estabelecida para conscientizar a população sobre a importância desse exame em garantir o desenvolvimento saudável do recém-nascido.
Doenças detectadas pelo teste do pezinho
O teste do pezinho pode detectar várias doenças, dependendo da versão realizada. No Brasil, o exame previa o rastreamento de seis principais doenças:
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Fenilcetonúria: doença genética que causa a incapacidade de metabolizar a fenilalanina, um aminoácido, levando a danos cerebrais e deficiência intelectual se não tratada.
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Hipotireoidismo congênito: condição na qual a glândula tireoide do recém-nascido não produz hormônios tireoidianos suficientes.
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Síndromes falciformes: grupo de doenças hereditárias em que os glóbulos vermelhos assumem uma forma de foice, causando anemia e danos aos órgãos devido à obstrução dos vasos sanguíneos.
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Hiperplasia adrenal congênita: grupo de distúrbios que afetam a produção de hormônios pelas glândulas adrenais.
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Deficiência de biotinidase: distúrbio metabólico que impede a reciclagem da biotina, uma vitamina essencial, resultando em problemas neurológicos e cutâneos se não tratado.
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Fibrose cística: doença que causa a produção de muco espesso e pegajoso, obstruindo os pulmões e o sistema digestivo.
Em 2021, foi sancionada a lei nº 14.154, que amplia o diagnóstico do teste de seis para, aproximadamente, 50 doenças, como a toxoplasmose congênita.
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Como é realizado o teste do pezinho?
O teste é feito por meio da coleta de gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido. A amostra de sangue é enviada para análise, em que será investigada a existência de possíveis doenças. Caso o resultado aponte a existência de alguma condição médica, o Serviço de Referência em Triagem Neonatal entra em contato com a família para a realização de novos exames.
O teste é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), abrangendo as etapas de triagem, diagnóstico e tratamento para diversas doenças. É comum a realização do exame ainda na maternidade, antes da alta hospitalar. Caso o teste não tenha sido feito no próprio hospital, ele pode ser encontrado em unidades de saúde básica em todo país.
Prazo recomendado para fazer o teste do pezinho
A coleta para o exame deve ocorrer, preferencialmente, entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê. Não deve ser realizado antes de 48 horas de vida, pois os resultados podem não ser confiáveis. Se, por algum motivo especial, o exame não puder ser realizado no período recomendado, deve ser feito em até 30 dias após o nascimento. Fazer o teste dentro desse prazo é importante para garantir a detecção precoce das doenças e iniciar o tratamento o mais rápido possível, caso alguma condição seja identificada.
Os pais podem decidir não fazer o teste do pezinho?
Atualmente, o teste do pezinho é obrigatório por lei em todo o território nacional. Alguns municípios não permitem que a criança seja registrada em cartório sem a realização do exame.
Qual a importância do teste do pezinho?
O teste do pezinho é importante para detectar precocemente doenças que, além de não apresentarem sintomas logo após o nascimento, podem causar sérias complicações de saúde, atraso no desenvolvimento mental e até mesmo a morte, se não tratadas a tempo. Por meio da identificação precoce, é possível iniciar tratamentos que podem prevenir ou minimizar os efeitos das doenças detectadas, e reduzir a mortalidade infantil e os custos de tratamentos tardios e complicados.
Fontes
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Ministério da Saúde. 06/6 – Dia Nacional do Teste do Pezinho. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/06-6-dia-nacional-do-teste-do-pezinho-4/.
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. Ministério da Saúde. 2009. Teste do pezinho. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/teste-do-pezinho/.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Ministerial no 822, de 06 de junho de 2001. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o Programa Nacional de Triagem Neonatal – PNTN. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2001/GM/GM-822.htm.
BRASIL. Ministério da Saúde. 2002. Manual de normas técnicas e rotinas operacionais do programa de triagem neonatal. Brasília, DF. 90 p.
GARCIA, M. G. et al. 2007. Análise da compreensão de pais acerca do Teste do Pezinho. Journal of Human Growth and Development, 17(1): 1.