Alfred Nobel

Alfred Nobel foi um inventor, cientista e empresário sueco conhecido por ter sido o inventor da dinamite, na segunda metade do século XIX. Ele também inventou outros explosivos e enriqueceu produzindo-os, além de ter investido na produção de tecidos sintéticos e na exploração de petróleo. Pouco antes de morrer, deixou um testamento propondo a criação do Prêmio Nobel.

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Nascimento e juventude

Alfred Bernhard Nobel nasceu na cidade de Estocolmo, capital da Suécia, no dia 21 de outubro de 1833. Ele era filho de Immanuel Nobel e Caroline Andrietta Ahlshell, um casal que teve oito filhos. No entanto, dos seus sete irmãos, apenas três sobreviveram a infância, principalmente porque a família passava por graves problemas financeiros.

Alfred Nobel foi um cientista, inventor e empresário sueco nascido em 1833.

Seu pai era um engenheiro e inventor que viu seus negócios falirem na Suécia. Para dar um jeito na situação, Immanuel Nobel decidiu mudar-se sozinho para São Petersburgo, na Rússia, para desenvolver máquinas e explosivos. Ele se mudou para a Rússia em 1837, e trabalhava com explosivos que eram utilizados pelo exército russo.

Immanuel Nobel conseguiu prosperar na Rússia, e, em 1842, toda a sua família, incluindo o jovem Alfred Nobel, mudou-se para São Petersburgo. A melhoria na condição financeira familiar permitiu que Alfred Nobel pudesse ser educado, recebendo aulas particulares de química e de idiomas.

Carreira como cientista

Em 1850, Nobel foi enviado para estudar engenharia química em Paris. Lá ele trabalhou no laboratório de Jules Pélouze e conheceu o químico Ascanio Sobrero, o inventor da nitroglicerina, um explosivo altamente instável. O trabalho que exerceu nesse laboratório e o contato com a nitroglicerina motivaram-no a continuar os estudos desse composto químico.

Depois do tempo na França, Nobel foi para os Estados Unidos, onde permaneceu por um ano estudando com um cientista chamado John Ericsson. Em 1852, Nobel retornou para São Petersburgo e foi trabalhar com seu pai, na empresa que ele havia desenvolvido. O filho decidiu utilizar a nitroglicerina para melhorar os explosivos produzidos pelo pai.

Depois do fim da Guerra da Crimeia, a empresa de seu pai começou a passar por dificuldades financeiras e ele decidiu retornar para Estocolmo com a sua esposa, mas Alfred Nobel ficou em São Petersburgo com seus dois irmãos para dar sequência ao negócio da família. Ele seguiu estudando formas de fazer com que a nitroglicerina se tornasse mais segura.

Em 1863, ele criou um detonador de explosivos feito de madeira, e, no ano seguinte, ele patenteou a sua invenção. Em 1865, ele melhorou o detonador criando o que é conhecido como blasting cap. O novo detonador de Nobel tornou-se popular e passou a ser muito utilizado na mineração e na construção de ferrovias.

Nessa década, Nobel começou a produzir nitroglicerina em Estocolmo e a vendê-la por toda a Europa, mas, em setembro de 1864, uma grande explosão matou cinco pessoas, incluindo seu irmão Emil Nobel.

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  • Invenção da dinamite

Criada em 1867, a dinamite foi uma das grandes invenções de Alfred Nobel.

Em 1867, Alfred Nobel encontrou a resposta, depois de anos de pesquisa, sobre como transformar a nitroglicerina em um composto mais seguro. Ele misturou-a com diatomito, uma rocha que possui capacidade de absorção, e descobriu que essa mistura era capaz de estabilizar a nitroglicerina e torná-la mais fácil de ser manuseada.

Nobel panteou sua invenção e nomeou-a dinamite, como uma referência à palavra grega dynamis, que significa “poder”. Ele recebeu homenagens pela sua invenção. A facilidade do manuseio da dinamite fez com que ela fosse muito procurada para construções, minas etc. As invenções de Nobel, mas sobretudo a dinamite, fizeram dele um homem muito rico.

  • Outros negócios

Em 1875, Nobel desenvolveu um explosivo mais poderoso ainda que a dinamite, nomeando-o nitroglicerina gelatinizada. Ele também inventou um propelente chamado ballistite. Essas invenções permitiram-no ser dono de uma série de centros de produção e distribuição de suas invenções na Europa e nos Estados Unidos.

Nobel também tinha fábricas que produziam couro sintético e seda artificial e fundou uma empresa que extraía petróleo. Essa empresa foi fundada em parceria com um de seus irmãos, Ludvig Nobel, e extraía petróleo de locais como o Azerbaijão e o Turcomenistão, chegando a ser uma das maiores companhias de petróleo de todo o mundo.

Últimos anos

Tantos feitos na ciência, tantas invenções e tantos negócios bem-sucedidos fizeram de Alfred Nobel um homem reconhecido internacionalmente. Na década de 1860, ele foi homenageado pela Real Academia Sueca de Ciências; em 1884, foi eleito para tornar-se membro dessa academia; e, em 1893, recebeu um doutorado honorário da Universidade de Uppsala.

Após seus negócios prosperarem, Nobel estabeleceu-se em Paris, onde morou de 1873 a 1891. Em 1891, o governo francês acusou-o de traição por vender ballistite para a Itália. Isso fez com que ele abandonasse a França e se mudasse para a Itália, onde passou os últimos dias de sua vida.

Sobre sua vida pessoal, Alfred Nobel não constituiu família e nunca se casou, mas alguns de seus biógrafos apontam que ele pode ter desenvolvido sentimentos por Bertha Kinsky, uma austríaca que trabalhava de secretária e cuidava da casa dele. Entretanto, Kinsky trabalhou poucas semanas para Nobel, pois abandonou o trabalho para casar-se. Muitos acreditam que as posições pacifistas defendidas por Nobel vieram da influência dela.

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Morte e Prêmio Nobel

Alfred Nobel separou grande parte da sua fortuna para a criação do Prêmio Nobel.

Alfred Nobel faleceu no dia 10 de dezembro de 1896, vítima de um derrame cerebral. Ele tinha 63 anos de idade, e, nessa ocasião, era dono de mais de 300 patentes e tinha mais de 90 fábricas de explosivos e munições espalhadas em todo o mundo. Um ano antes da sua morte, Nobel preparou um testamento que determinava que toda a sua fortuna seria usada para criar um fundo que premiasse pessoas que realizassem grandes ações em prol da humanidade. Esse era o Prêmio Nobel.

Muitos acreditam que essa ação tenha sido tomada por conta de um acontecimento em 1888. Nesse ano, seu irmão Ludvig morreu, na França, mas um jornal francês publicou incorretamente a notícia da morte de Alfred Nobel, com o título de “O mercante da morte está morto”. Esse título era uma referência aos seus negócios.

Apesar dos seus negócios, Alfred Nobel sempre procurou passar uma imagem de pacifista. Assim, provavelmente, a postagem do jornal francês pode tê-lo afetado, e, para tentar melhorar sua imagem após sua morte, ele pode ter proposto a criação do prêmio. Outros falam que sua decisão deu-se por meio da influência da escritora Bertha von Sutter e suas posições pacifistas.

Publicado por Daniel Neves Silva
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