Depressão pós-parto

Na depressão pós-parto, a mãe pode ter dificuldades em criar laços com o filho

Não é raro ex-gestantes, poucos dias após o parto, se sentirem mais sensíveis, inseguras e com flutuações de humor. Tal quadro é denominado “blues post partum”, e geralmente regride espontaneamente, em até cinco semanas.

Entretanto, em aproximadamente 15% das recém-mães, os sintomas da depressão aparecem de forma bem mais intensa, até o sexto mês após o parto: é a depressão pós-parto propriamente dita, também chamada de baby blues.   Geralmente relacionada a mulheres com tendência ou histórico de depressão; alterações hormonais, problemas econômicos e/ou conjugais, insegurança em relação ao sentimento das pessoas, medo de não ser uma boa mãe, e ansiedade diante da sua “nova vida”; também são fatores que propiciam o desencadeamento do quadro. Vale lembrar que naquelas que já sofreram desse problema as chances de ele se manifestar novamente são maiores.
Seus sintomas costumam aparecer em torno de cinco dias após o parto e incluem fadiga, alterações gastrointestinais, flutuações de humor, autodepreciação, ansiedade, insônia, apatia, rejeição aos familiares e/ou companheiro, confusão de pensamentos, alterações no apetite, dentre outros.
Em casos raros (um para cada cem mil nascimentos), e também graves, a mulher pode apresentar incapacidade de cuidar do bebê, tornando-se paranoica, agressiva ou indiferente à criança: é a psicose puerperal. Ela dura um tempo bem maior e merece bastante atenção.
Em razão dos danos que esse quadro provoca na qualidade de vida da mãe, do filho e das pessoas que se relacionam com eles, do risco de não se estabelecer um vínculo afetivo seguro entre mãe e filho, e também do perigo de a mãe ter atitudes extremas, como maus tratos ao bebê e suicídio; é aconselhável buscar acompanhamento médico o quanto antes.

Psicoterapia e, em casos específicos, o uso de antidepressivos, prescritos por um psiquiatra; são as principais medidas para driblar ambos os casos. No caso da psicose puerperal, pode ser necessária a internação. É válido lembrar que aquelas cujos médicos prescreveram antidepressivos e/ou outros remédios devem questioná-los quanto à viabilidade de continuarem amamentando.
A prática de exercícios mais leves, como caminhada; uma boa alimentação, descanso e evitar a sobrecarga; são medidas que podem ser adotadas para melhorar a qualidade de vida e abreviar o tratamento. O apoio das pessoas mais próximas, idem.
Observação:
Embora não existam medidas específicas para a prevenção da depressão pós-parto, a assistência pré-natal permite que a mulher se sinta mais segura e informada; ajudando a reduzir os riscos de o problema em questão se manifestar.


Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima
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