Filariose

A hipertrofia ocorre em uma pequena parcela dos afetados pela filariose
A filariose, ou elefantíase brasileira, é causada pelo nematelminto Wuchereria bancrofti e ocorre só na espécie humana. Ele tem como transmissores da doença as fêmeas dos mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, hospedeiros intermediários típicos de clima úmido e quente.

O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente e as formas infectantes se alojam, principalmente, para a cabeça do animal.

Ao picarem uma pessoa, as larvas do helminto penetram da corrente sanguínea e se dirigem aos vasos e gânglios linfáticos. Quando na forma adulta, aproximadamente três meses depois, se instalam no sistema linfático, bloqueando-os e causando dilatação dos vasos e acúmulo de linfa nas regiões afetadas - sendo a perna uma das principais.

Nestes quadros - que ocorrem em aproximadamente 15% dos casos, cerca de 10, 15 anos de infecção, há o endurecimento, espessamento e hipertrofia do órgão, um aumento de volume considerável e até deformações.

As larvas oriundas das formas adultas, estas alojadas nos vasos linfáticos, circulam pelo corpo inteiro através do sangue.

Febre, calafrios, dores de cabeça, náusea e sensibilidade dolorosa no corpo são os primeiros sintomas desta doença de evolução lenta, cujo período de incubação é compreendido entre 9 e 12 meses.

Tratamentos são feitos com fármacos e, em caso de resistência a medicamentos, pode ser solicitada a retirada cirúrgica do helminto.

A ocorrência desta doença é tão antiga que a estátua do faraó Mentuhotep, de cerca de 2000 a.C., mostra o inchaço característico em suas pernas.


Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima
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