Pantanal Mato-Grossense
O Pantanal Mato-Grossense está localizado no sudoeste de Mato Grosso e oeste de Mato Grosso do Sul, encontrado também no Paraguai e na Bolívia. É uma das maiores planícies inundáveis do planeta, correspondendo a 2% do território brasileiro. Em 2001, foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como patrimônio natural da humanidade.
O Pantanal é considerado uma área de transição entre a Amazônia, o Cerrado e o Chaco. Esse mosaico de ecossistemas intercala regiões de cerrado e floresta úmida, além de áreas aquáticas e semiaquáticas. Durante os períodos chuvosos (outubro a abril), o nível dos rios na bacia do Paraguai aumenta e inunda a planície, cobrindo até dois terços da área pantaneira. Esse fato ocorre em virtude da baixa declividade do terreno, que em média, apresenta 100 metros de altitude. Ao final do período das chuvas (entre junho e setembro), as águas baixam lentamente e voltam ao seu curso natural.
O bioma possui uma rica hidrografia – aproximadamente 180 rios em toda a sua extensão territorial. A vegetação é bem complexa, diversificando conforme três tipos de áreas: as alagadas (com predominância de gramíneas); as predominantemente alagadas (vegetação rasteira, arbustos e palmeiras, como o buriti e o carandá); as que não sofrem inundação (áreas de cerrado). Existem mais de 3.500 espécies de plantas no Pantanal, podendo ser encontradas espécies higrófilas (nas áreas alagadas pelo rio) e xerófilas (nas áreas altas e secas).
Colhereiro no Pantanal
A fauna é rica e bem diversificada – o bioma abriga o maior número de aves de todo o continente (650 espécies diferentes); 262 espécies de peixe, 1.100 espécies de borboletas, 80 espécies de mamíferos e 50 de répteis. Entre os vários animais do Pantanal, podemos citar o jacaré, veado, serpentes, capivara, araraúna, papagaio, tucano, tuiuiú, colhereiro, onça, macaco, etc.
A pecuária é a principal atividade econômica praticada no Pantanal, sendo desenvolvida em grandes latifúndios desde o século XVIII. Porém, nos últimos 20 anos, a região é ameaçada pela expansão agrícola e pelo crescimento das cidades. Problemas de erosão são provocados pela agricultura, e o intenso uso de agrotóxicos está poluindo as águas superficiais e subterrâneas.