Transporte público no mundo

A qualidade e custo dos sistemas de transporte público oscilam conforme o desenvolvimento e os investimentos públicos nas diversas cidades do mundo.
Sistema de metrô em Nova York

Com o desenvolvimento do capitalismo e a ocorrência das sucessivas Revoluções Industriais, as grandes cidades no mundo passaram a crescer e a concentrar a maior parte da população mundial. As pessoas, a partir daí, passaram a ter a necessidade de se deslocarem em grandes distâncias, mesmo quando o destino final encontrava-se na própria cidade de origem. Nesse contexto, além das diversas formas de locomoção, o transporte público passou a ter uma grande relevância para a vida em sociedade.

Atualmente, existe um amplo debate sobre a qualidade do transporte coletivo no Brasil e no mundo, além de profundas discussões acerca do preço cobrado para a utilização desse tipo de serviço. Você já se perguntou quais são os melhores e os piores sistemas de transporte público no mundo? Você sabe quais são os mais caros e os mais baratos?

Os melhores transportes públicos do mundo

As cidades que são consideradas detentoras dos melhores sistemas de transporte coletivo entre as grandes metrópoles do mundo são, respectivamente: Tóquio, Nova York, Londres, Paris e Moscou. Elas são conhecidas pelo amplo investimento público no setor e pela preocupação em diminuir o fluxo de carros nas cidades.

A capital japonesa apresenta o sistema de transporte público mais complexo do mundo, transportando milhões e milhões de pessoas diariamente. Em Nova York, o sistema atua durante 24 horas por dia, e Londres possui o metrô mais antigo do mundo, o Metropolitano de Londres. Paris, por sua vez, é famosa por ter uma estação de metrô a cada 500 metros.

Ainda não há nenhum estudo que revele qual das grandes cidades possui o pior sistema de transporte, mas o exemplo mais citado desse quesito é a cidade de Mumbai, na Índia, que apresenta precárias condições no que se refere à locomoção e mobilidade.

Os mais caros e os mais baratos

Um levantamento realizado pelo banco suíço UBS avaliou o preço das passagens ao redor do mundo, fazendo um levantamento sobre os lugares onde essas passagens custavam mais caro e onde custavam mais barato. É importante lembrar que a pesquisa abordou apenas as grandes cidades e capitais, não considerando questões como a quantidade de viagens ou benefícios que um único vale transporte possui em cada local.

Em primeiro lugar no ranking ficou a cidade de Oslo, na Noruega, com uma passagem cujo valor atingia 5,12 dólares por bilhete. Em segundo lugar ficou a cidade de Copenhague, com a passagem custando US$ 4,88. Em terceiro, Zurique (Suíça), com US$ 4,66. Em quarto, Estocolmo, Suécia, com 4,52; e, em quinto lugar, Londres, com US$ 3,70.

Nessa mesma pesquisa, nas últimas colocações – as cidades com o transporte mais barato – ficaram as seguintes cidades: Mumbai, na Índia (US$ 0,13); Cairo, no Egito (US$ 0,19); Déli, na Índia (US$ 0,25); Kiev, na Ucrânia (US$ 0,25); e Pequim, na China (US$ 0,26).

O estudo realizado, no entanto, não se baseou no peso das passagens no bolso do consumidor local, mas somente no valor das passagens em termos absolutos. Segue, então, abaixo uma tabela elaborada pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre o percentual das passagens em função do salário mínimo entre as grandes cidades do mundo.

Cidade

Valor do salário mínimo (US$)

Peso do valor do transporte

São Paulo (Brasil)

353,10

16,95%

Cidade do México (México)

103,87

14,25%

Budapeste (Hungria)

425,08

13,46%

Praga (Rep. Tcheca)

416,62

13,15%

Santiago (Chile)

379,13

12,34%

Lisboa (Portugal)

648,64

11,29%

Atenas (Grécia)

786,61

9,20%

Madrid (Espanha)

857,94

9,04%

Londres (Inglaterra)

1,664,18

8,89%

Istambul (Turquia)

490,27

7,75%

As 10 cidades com o maior peso do transporte sobre o salário mínimo (2012). ¹

O que se percebe, na leitura da tabela acima, primeiramente, é a liderança da cidade de São Paulo, que, nesse estudo, já apresenta o valor da passagem a R$3,20. Além disso, a maior parte das cidades é de países subdesenvolvidos ou emergentes, onde, justamente, a população possui menor renda e condições para manter despesas como o transporte público.

Por outro lado, é preciso lembrar que a relação é entre o preço da passagem e o salário mínimo, não envolvendo a renda média dos habitantes. Desse modo, é preciso considerar o fato de que algumas cidades presentes na tabela – a exemplo de Londres – certamente possuem uma renda média mais elevada do que a de outras cidades que não aparecem na listagem.

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¹ Quadro Adaptado de Revista Época, 14/06/2013.

Publicado por Rodolfo F. Alves Pena
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