Maias
Os maias foram um dos povos pré-colombianos que formaram uma grande e duradoura civilização que teve seu auge entre os séculos III-X d.C. A civilização maia teve dezenas de cidades, como Palenque, Tikal, Tulum, Chichén Itzá e Copal. Elas eram independentes umas das outras, mas tinham a mesma cultura e mantinham relações comerciais e trocas culturais.
Os maias cultivavam o milho, inclusive uma espécie para fazer pipoca. Também cultivavam o cacau, com o qual produziam uma bebida considerada uma ancestral do chocolate. Praticavam um jogo com bola de borracha, que, muitas vezes, podia terminar com o sacrifício do capitão derrotado ou mesmo de todo o time.
A civilização maia entrou em colapso por volta do ano 900, mas os maias vivem ainda hoje no México e no norte da América Central, e muitos elementos da antiga cultura maia ainda sobrevivem, como a língua e a culinária.
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Resumo sobre maias
- Os maias foram um dos povos pré-colombianos que formaram uma grande e duradoura civilização que teve seu auge entre os séculos III d.C. e X d.C.
- Os maias vivem, ainda hoje, no México e no norte da América Central.
- Algumas cidades maias chegaram a ter dezenas de milhares de habitantes.
- Eles foram um dos poucos povos a desenvolverem um sistema de escrita.
- As cidades-Estados maias adotavam um sistema de governo monárquico. O poder era vitalício e hereditário.
- Os maias eram politeístas e realizavam sacrifícios humanos para os seus deuses.
- O milho era o principal alimento cultivado pelos maias e era considerado sagrado para eles.
- Diversas teorias tentam explicar o declínio da civilização maia, as mais aceitas defendem que mudanças climáticas e guerras entre as cidades foram responsáveis pelo colapso.
- Incas, maias e astecas foram as três principais civilizações da América na época da chegada de Cristóvão Colombo, em 1492.
Videoaula sobre os maias
Quem foram os maias?
Os maias foram um dos povos pré-colombianos que formaram uma grande e duradoura civilização que teve seu auge entre III d.C. e X d.C. A civilização maia era formada por diversas cidades-Estados que eram conectadas por redes de estradas e hidrovias pelas quais mercadorias e informações corriam.
Muitas cidades maias tinham dezenas de milhares de pessoas, e, nos seus centros cerimoniais, eram construídos pirâmides, palácios reais, mercados e campos, onde os maias disputavam um jogo cerimonial com uma bola de borracha.
Por volta do ano 900, a maior parte dessas cidades foi abandonada por motivos ainda desconhecidos, e os maias passaram a viver em pequenas aldeias nas florestas da América Central. Após a chegada dos europeus, houve grande redução da população maia por causa das doenças trazidas pelos espanhóis e pela violência praticada por estes contra as populações nativas.
No entanto, os maias resistiram à conquista espanhola e sua cultura permanece viva na América Central. Atualmente existem cerca de 6 milhões de pessoas que falam a língua maia vivendo em partes do território do México, Guatemala, Honduras, Belize e El Salvador. Em Iucatã, cerca de 80% da população são de origem maia.|1|
Localização da civilização maia
A civilização maia ocupou a região da Península de Iucatã, atualmente localizada na região sul do território mexicano. A região é dominada por florestas tropicais, também tem regiões de manguezais e restingas. O território maia se estendia do Oceano Atlântico até o Oceano Pacífico, sendo uma região rica em recursos naturais e com terras propícias à agricultura.
Uma das principais características da Península de Iucatã é a presença de milhares de cenotes, poços naturais que, na maioria das vezes, armazenam água doce. Muitas cidades maias foram fundadas próximas de cenotes, que também tinham importância religiosa para a os maias.
A teoria mais aceita defende que os cenotes de Iucatã foram formados com o impacto do meteoro que caiu no local há 66 milhões anos e que extinguiu os dinossauros. O cenotes ocupam uma área circular, em toda a borda da cratera criada pelo impacto.
Atualmente a região da antiga civilização maia atrai turistas de todo o mundo, principalmente para as belas praias de Cancun, Cozumel e Tulum. Muitos turistas também visitam a região para conhecer os sítios arqueológicos e para vivenciar a cultura maia.
Origem da civilização maia
A civilização maia começou a ser formar há milhares de anos. Por volta de 7000 a.C., populações de caçadores-coletores se fixaram na região de Iucatã, cultivando o teosinto, uma gramínea selvagem. O teosinto passou por um processo de seleção artificial pela qual os seres humanos desenvolveram, ao longo de milênios, o milho, que não existia na natureza.
Por volta de 4000 a.C., os maias já cultivavam algumas espécies de milho parecidas com as atuais, além de abóbora, cacau, abacate, pimenta e feijão.
Por volta de 1000 a.C., surgiram as primeiras cidades maias, como Nakbé, no norte de Iucatã. Essas primeiras cidades tinham um centro cerimonial e comercial, característica que foi comum em todas as cidades maias.
No início do Período Clássico maia, por volta de 250 d.C., as maiores cidades maias já existiam, assim como a rede de estradas e hidrovias que permitiam a troca cultural e comercial entre elas.
Características dos maias
→ Sociedade dos maias
Os maias, ao contrário dos astecas e incas, não formaram um império, eles se organizavam em cidades autônomas e independentes, semelhantemente à organização em cidades-Estados da antiga Grécia. Eram comuns as guerras entre as cidades maias, assim como alianças militares feitas por elas e o controle momentâneo de uma cidade sobre suas vizinhas.
As cidades maias tinham uma sociedade altamente hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o monarca, sua família e a corte. O rei era visto como uma espécie de representante dos deuses na Terra, e, com sua morte, seu filho mais velho tinha direito ao trono.
Também tinham grande importância social os comandantes militares, os sacerdotes e os grandes comerciantes. Estes últimos comercializavam diversas mercadorias, como obsidiana, tecidos, penas, peles de animais, jade, alimentos, madeira, entre muitos outras.
As cidades maias tinham ainda artesãos, funcionários públicos e escribas. A maior parte da população maia era composta por camponeses, que viviam na periferia da cidade ou em regiões mais afastadas dela. Eles pagavam impostos aos governantes maias. Na base da pirâmide social estavam os escravos, geralmente inimigos capturados em guerras.
→ Cultura dos maias
A religiosidade e a influência da natureza estavam fortemente presentes na cultura maia. Até mesmo um jogo de bola, atualmente conhecido como Pok ta Pok, era disputado com fins religiosos.
Uma das principais contribuições maias para o mundo contemporâneo foi a culinária. Os maias já cultivavam milho, feijão, tomate, pimentão, pimenta, abacate e cacau, alimentos consumidos em todo o planeta hoje em dia.
Boa parte do que chamamos de “culinária mexicana” é, na verdade, parte da culinária maia. Vale lembrar que os maias faziam uma bebida com o cacau que os astecas chamaram de xocoatl. A receita maia foi a base do que chamamos atualmente de chocolate. Mesmo em uma pizza tipicamente italiana você tem a influência da cultura maia, uma vez que o tomate usado na fabricação do molho também é de origem mesoamericana.
→ Religião dos maias
Os maias eram politeístas e os seus deuses eram associados a diferentes elementos e fenômenos da natureza. Alguns de seus principais deuses eram os seguintes:
- Kukulkán: era um dos principais deuses maias, ele era geralmente representado como uma serpente alada e atrelado ao planeta Vênus e também ao Sol. Os sacrifícios dedicados a Kukulkán ocorriam geralmente no alto das pirâmides, onde inimigos de guerra capturados tinham seus corações extraídos com o auxílio de uma faca de obsidiana, isso ocorria com o sacrificado ainda vivo. Os astecas chamavam a divindade de Quetzalcoatl.
- Chaac: era o deus da chuva, do raio e do trovão. Ele foi chamado pelos astecas de Tlaloc. Chaac era o principal deus das regiões agrárias, e os sacrifícios para ele eram realizados nos cenotes, onde geralmente mulheres e crianças eram sacrificadas em suas águas. Os maias acreditavam que Chaac, com seu machado sagrado, batia nas nuvens, provocando os trovões e raios.
- Ah Mun: era o deus maia do milho. O milho era a base da alimentação mesoamericana e considerado um alimento sagrado. Os maias acreditavam que os seres humanos foram gerados do milho.
Os maias acreditavam que sacrifícios humanos eram necessários para manter a ordem cósmica e para evitar a ira dos deuses, que poderiam provocar furações, erupções vulcânicas, tempestades, secas e outros desastres naturais comuns ainda hoje na América Central.
→ Economia dos maias
A base da economia maia era a agricultura, atividade na qual a maior parte da população trabalhava. O comércio era outra atividade importante para as cidades maias, que compravam e vendiam para cidades de regiões distantes.
As mercadorias eram transportadas em cestos que os maias carregavam nas costas, eles tinham alças que eram colocadas na testa da pessoa que transportaria a mercadoria, dessa forma, suas mãos ficavam livres.
A produção de cal atingiu um nível industrial em algumas cidades maias, com centenas de trabalhadores em cada etapa da produção: mineração do calcário, transporte para a caieira, corte da lenha para o cozimento, torragem, moagem e transporte final.
As grandes obras públicas, como a construção de pirâmides e canais de irrigação, exigiam grande quantidade de recursos e de mão de obra, custeados pelo Estado.
Os maias desenvolveram uma complexa economia que utilizou sementes secas de cacau, jade e conchas marinhas como moeda.
→ Arte dos maias
Na arte os maias se destacaram como escultores, principalmente de estátuas antropomórficas e de deuses. Também esculpiam altos relevos e baixos relevos, decoravam os templos e esculpiam estelas. Nas estelas, os maias registravam parte da sua história, da de seus reis e de sua mitologia.
Os maias faziam pinturas em folhas vegetais revestidas de gesso e em murais, mas, por serem feitas em uma região de clima quente e úmido e pela destruição promovida pelos espanhóis, poucas delas sobreviveram.
Bonampak é uma exceção, nesse sítio arqueológico foram preservadas diversas pinturas maias, feitas no final do Período Clássico. Nas paredes dos edifícios da cidade estão preservadas diversas pinturas, algumas delas mostram cenas com membros da elite política, militar e religiosa da cidade, além de cenas de guerra e de sacrifícios humanos.
As pinturas de Bonampak mostram que, no fim do Período Clássico, os sacrifícios humanos se tornaram mais comuns, ou, pelo menos, suas representações se tornaram mais comuns nas edificações maias.
As pinturas foram feitas com diversas cores diferentes, como azul, verde, vermelho e amarelo. Essas tintas eram produzidas por complexos procedimentos, o que mostra grande conhecimento químico.
Outros documentos, também raros, utilizados para o estudo da arte maia são os códices, a maioria deles produzida no século XVI, depois da chegada dos espanhóis às terras maias.
Atualmente os códices recebem o nome das cidades nas quais estão guardados, e o mais famoso deles é o Códice de Dresden. Ele tem quase quatro metros de largura e foi produzido no Período Pós-Clássico, provavelmente no século XII. O códice tem uma série de observações astronômicas, principalmente de Vênus, assim como previsões e referências a Kukulkán.
Na arquitetura os maias se destacaram na construção de diversos edifícios, como palácios, observatórios astronômicos e, principalmente, suas famosas pirâmides. A argamassa maia utilizava cal em sua composição, produzido com a queima de rochas calcárias, estas também eram esculpidas e formavam os blocos das construções maias.
As pirâmides maias eram usadas como templos para diversos deuses, também eram onde sacrifícios humanos aconteciam. Muitas pirâmides maias foram construídas próximo ou sobre cenotes, considerados uma espécie de portal para o reino dos mortos. Algumas pirâmides foram construídas sobre elevações naturais no terreno, o que reduziu os custos com material e mão de obra.
Além de serem usadas como templo, algumas pirâmides serviram de local para sepultamentos reais, como no caso de Palenque, onde o mais famoso rei da cidade, Pakal, foi sepultado com parte do seu tesouro, composto principalmente de jade. Um sarcófago de pedra foi ricamente esculpido para abrigar Pakal.
A mais famosa pirâmide maia é a de Chichen Itzá. Ela tem 91 degraus em cada um dos seus lados, e um degrau no templo superior, totalizando 365 degraus, um para cada dia do ano. Nos equinócios, a sombra formada pela luz do Sol forma uma serpente, que representa Kukulkán, o principal deus do panteão maia. A pirâmide mostra o alto grau que os maias desenvolveram em astronomia e matemática.
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→ Escrita dos maias
Os maias foram um dos poucos povos da história que desenvolveram um sistema de escrita. Os primeiros registros da escrita maia são do século III a.C. Os caracteres da escrita maia, também chamados de glifos ou hieróglifos maias, são logogramas, que representam conceitos concretos ou abstratos. Alguns glifos eram complementares, representando sílabas da língua maia. A escrita foi utilizada pelos maias para o registro de informações estatais, para o registro de história em estelas e códices, e para o registro das relações comerciais.
Geralmente a escrita maia era feita em colunas com dois caracteres, lidos da esquerda para a direita e de cima para baixo. Foi somente no século XIX que a escrita maia foi decifrada, o que possibilitou aprofundar nossa compreensão sobre a civilização.
Calendário maia
Os maias tinham dois calendários, um solar, semelhante ao nosso, com 365 dias, e um calendário religioso, com 260 dias:
- Calendário solar: era usado na vida cotidiana e na agricultura. Ele determinava, por exemplo, a época na qual os alimentos deveriam ser plantados e colhidos. Ele era dividido em 20 meses, que tinham 18 dias. No fim do calendário, existiam 5 dias especiais, totalizando 365 dias.
- Calendário religioso: era formado por duas engrenagens, a primeira com números de 1 até 13, e, a segunda, contendo os 20 meses do calendário solar. Esse calendário era utilizado como uma espécie de horóscopo, com datas ideais para, por exemplo, se iniciar uma guerra ou realizar um casamento. Era manipulado por sacerdotes maias.
Os arqueólogos acreditam que, assim como os astecas, os maias realizavam a Cerimônia do Fogo. A cada 52 anos, o ano-novo dos dois calendários ocorria no mesmo dia. Na véspera, todos os fogos da cidade eram apagados, como fogueiras e lamparinas. Os maias acreditavam que, nesse dia, uma luta entre os deuses ocorria, e o resultado podia levar ao fim do Sol e, consequentemente, dos maias. Na manhã seguinte, com o raiar do Sol, os maias acendiam os fogos novamente e acreditavam que mais um ciclo de 52 anos se iniciava.
Decadência dos maias
Por volta do ano 900 d.C., iniciou-se um processo no qual as cidades maias entraram em declínio e foram abandonadas por seus habitantes. Quando Colombo chegou à América, em 1942, as cidades maias estavam em ruínas e tomadas pela vegetação.
São diversas as teorias que tentam explicar o colapso da civilização maia. A principal delas aponta que uma crise climática se abateu sobre Iucatã, marcada por secas que duravam anos. Alguns historiadores defendem que a seca foi provocada por causas humanas, principalmente por causa do desmatamento. Os maias devastaram grandes áreas para a agricultura e para a produção de cal.
O desmatamento mudou os índices pluviométricos na região maia e secou parte das nascentes. A fome se abateu sobre as cidades, provocando crimes, revoltas e epidemias, fazendo com que as pessoas passassem a abandonar as cidades. Pesquisas feitas por diversos especialistas indicam que, a partir do século IX, as chuvas se tornaram menos constantes na região.
Outra teoria defende que as guerras entre as cidades acabaram levando ao colapso da civilização maia. Em 2005, arqueólogos encontram em Belize, no sítio arqueológica da antiga cidade maia de Cancuen, ossos de cerca de 50 pessoas que foram violentamente mortas e jogadas no que os arqueólogos acreditam ser uma piscina. Adereços de jade presentes em parte dos esqueletos indicam que eles eram membros da elite da cidade e que foram assassinados por invasores ou pela própria população da cidade. Outros achados do tipo foram feitos posteriormente em outros sítios.
Outros historiadores defendem que mudanças climáticas, fome, revoltas, doenças e guerras entre cidades ocorreram no mesmo processo que levou ao colapso da civilização maia.
Incas, maias e astecas
A seguir, veremos as principais características dos incas, dos maias e dos astecas, três importantes civilizações pré-colombianas:
- Incas: um dos impérios pré-colombianos que estavam em expansão na época da chegada dos europeus, sua capital era Cusco. Os incas dominavam um vasto território localizado em grande parte na Cordilheira dos Andes. Assim como os povos mesoamericanos, eles desenvolveram um complexo sistema de agricultura que contava com canais de irrigação e terraços de cultivo nas regiões de encosta. Os principais alimentos cultivados pelos incas eram o milho, a batata e a quinoa. Eles também criavam lhamas para obtenção de lã e proteína. Francisco Pizarro foi o comandante espanhol responsável pela conquista do Império Inca.
- Maias: formaram uma grande civilização na Mesoamérica, com grandes cidades conectadas por uma complexa rede de estrada. Todavia, ao contrário de astecas e incas, os maias não formaram um império, organizando-se em cidades-Estados, semelhantemente aos antigos gregos. A principal atividade econômica maia era a agricultura, cujo milho era o principal alimento cultivado, além de abóbora, feijão, tomate, pimenta e abacate. Eles desenvolveram um sistema de escrita, um dos poucos povos a fazerem isso, e se destacaram no estudo da matemática e da astronomia, prevendo eclipses solares e lunares. Por volta do ano 900, as grandes cidades maias passaram a ser gradativamente abandonadas, e seus habitantes passaram a viver em aldeias na floresta. Diversas teorias tentam explicar o fim da civilização maia, como as que apontam que mudanças climáticas ou as constantes guerras entre as cidades teriam sido as responsáveis.
- Astecas: denominavam-se mexicas e fundaram a capital, Tenochtitlán, no século XIV. A cidade construída em uma ilha do Lago Texcoco se tornou uma das maiores do mundo na época da chegada do conquistador espanhol Hernán Cortez. Os astecas herdaram muitas tradições maias, como parte de sua religião, calendários, culinária, construção de pirâmides, entre outras. Também estavam em plena expansão do império quando os espanhóis chegaram. Muitos povos conquistados pelos astecas, que pagavam impostos para eles, se uniram aos espanhóis, o que possibilitou que o império fosse derrotado. As doenças europeias chegaram a Tenochtitlán antes de Cortez, causando grande mortandade e facilitando a conquista espanhola.
Para saber mais detalhes sobre esses e outros povos pré-colombianos, clique aqui.
Exercícios resolvidos sobre os maias
Questão 1
(UGF) A cultura maia, uma das mais importantes do mundo pré-colombiano, floresceu na região que hoje corresponde ao(s):
A) Uruguai, Argentina e sul do Chile.
B) Paraguai e Bolívia.
C) Brasil e Venezuela.
D) norte de Guatemala, Belize, parte de El Salvador, Honduras e sudeste do México.
E) Andes Peruanos.
Resolução:
Alternativa D
A civilização maia floresceu na região da Guatemala, Belize, parte de El Salvador, Honduras e sudeste do México, região chamada de Iucatã.
Questão 2
(Fatec) As misteriosas cidades e edificações da civilização maia que resistiram ao tempo incluem obras reconhecidas como patrimônio mundial. Tais achados vêm intrigando pesquisadores até a atualidade, já que pouco se sabe sobre as origens, a organização social e as causas do fim dessa civilização, iniciada por volta de 900 d.C.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente as principais características da civilização maia.
A) Desenvolveu-se na floresta Amazônica (atuais Peru, Bolívia e Suriname) e sua economia se baseava na coleta de tributos provenientes do comércio com os incas e os astecas.
B) Ocupava a região das atuais Guatemala, Honduras e Península de Iucatã (Sul do México), e desenvolveu saberes matemáticos, astronômicos e arquitetura sofisticados para a época.
C) O poder era centralizado nas mãos do Imperador, cuja origem era considerada divina, e a capital, Machu Picchu, foi construída no topo de uma grande montanha para evitar ataques de povos inimigos.
D) Habitava a região do Rio da Prata, atuais Uruguai e Argentina, onde desenvolveu a cultura de algodão, com o qual fabricava tecidos para exportação, e projetou um sistema de vigilância eficaz para se proteger de ataques inimigos.
E) A organização social igualitária favorecia a distribuição equilibrada dos recursos naturais provenientes do comércio marítimo, realizado no Caribe, e os grandes templos e pirâmides honravam as divindades do Sol (Rá) e da Lua (Anúbis).
Resolução:
Alternativa B
Os maias habitaram regiões da Guatemala, Honduras e Península de Iucatã (sul do México), eles desenvolveram saberes matemáticos, inclusive o número zero; astronômicos, prevendo eclipses solares e lunares; e arquitetura sofisticada para a época, construindo grandes pirâmides dedicadas aos deuses.
Nota
|1|SALAZAR, Juan Carlos Pérez. De onde surgiu o mito do desaparecimento maia? BBC Brasil, 20 dez. 2012. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/12/121219_maias_mito_ac.
Fontes
NAVARRO, Alexandre Guida. A civilização maia: reis e cidades na floresta tropical. Appris Editora, Curitiba, 2021.
PEREGALLI, Enrique. A América que os europeus encontraram. Editora Atual, São Paulo, 2019.
SALAZAR, Juan Carlos Pérez. De onde surgiu o mito do desaparecimento maia? BBC Brasil, 20 dez. 2012. Disponível em: https://www.bbc.com/portugbuese/noticias/2012/12/121219_maias_mito_ac.