Pósitrons
As emissões denominadas de pósitrons são partículas que têm a mesma massa do elétron, porém, possuem carga positiva. Elas são simbolizadas da seguinte forma: +10e, β+ ou +10β.
Sua descoberta se deu no ano de 1934, quando o casal Irene Curie (filha de Marie e Pierre Curie) e Frederic Joliot realizaram experimentos envolvendo o bombardeamento de uma lâmina de alumínio com partículas alfa. Eles observaram que eram produzidos um isótopo do fósforo (1530P) e um nêutron.
Todavia, posteriormente, esse fósforo, que também era radioativo, passou a produzir um isótopo do silício (1430Si) e, o mais interessante, uma partícula de massa igual a dos elétrons, mas com carga positiva, que recebeu o nome de pósitron.
1327Al + 24α → 1530P + 01n
1530P → +10e + 1430Si
Portanto, os pósitrons foram descobertos durante a produção do primeiro núcleo radioativo artificial (1530P), que não está presente na natureza.
O pósitron também pode ser denominado de partícula beta positiva, pois, na verdade, ele é uma antipartícula beta negativa (-10β).
Os pósitrons são emitidos por núcleos de radioisótopos que possuem uma grande quantidade de prótons. Eles são resultado da desintegração de prótons (11p) instáveis que se converteram em nêutrons (01n). O nêutron permanece no núcleo e a partícula de pósitron (+10β) é expulsa juntamente à radiação gama (00γ) e um neutrino (00ν):
11p → 01n → +10β + 00γ + 00ν
Dessa forma, quando um radioisótopo emite um pósitron, seu número de massa (A) não se altera, pois o nêutron formado permanece no núcleo no lugar do próton que se converteu. Porém, o número atômico (Z - que é o número de prótons) se altera, diminuindo em uma unidade.
Genericamente, temos:
ZAM → +10e + Z - 1AN
Isso pode ser visto na reação de transmutação artificial do isótopo do fósforo no isótopo do silício descrita anteriormente:
1530P → +10e + 1430Si
Observe que o número de massa do isótopo do fósforo e do silício é o mesmo (30), mas o número atômico diminuiu uma unidade (de 15 para 14).
Atualmente, a emissão de pósitrons é usada em diagnóstico por imagem cintilográfica. No caso da cintilografia óssea, um traçador radioativo específico e inofensivo se agrega à matriz óssea, levando a um fluxo sanguíneo local, que pode ser acompanhado no corpo por meio dos pósitrons que emite.