Climatério

O climatério pode ser definido como a fase de transição entre o período reprodutivo da mulher e o não reprodutivo.
O envelhecimento deve ser encarado com atitudes positivas

 É cada dia maior a expectativa de vida em todo o mundo, e com o avanço da idade é comum também o avanço dos problemas inerentes a ela. Para as mulheres, o envelhecimento pode vir acompanhado de problemas extremamente desagradáveis em decorrência do chamado climatério.

O climatério ocorre em virtude do esgotamento dos folículos ovarianos, que provoca a progressiva diminuição da produção de estrógeno. Ele pode ser definido como a fase de transição entre o período reprodutivo da mulher e a fase em que ela não pode mais se reproduzir. Normalmente o processo inicia-se em torno dos 35 a 40 anos e pode durar, em média, 20 anos.

Como sabemos, os ovócitos são produzidos na mulher ainda durante o desenvolvimento embrionário. Ao chegar à adolescência, eles começam a ser liberados a cada mês durante o ciclo menstrual até que ocorra o completo esgotamento folicular. Com isso os níveis de estradiol diminuem e iniciam-se as manifestações em decorrência desse decréscimo.

Entre os principais sintomas do climatério destaca-se os fogachos ou ondas de calor. A mulher começa a sentir um aumento exagerado da sua temperatura corporal, provavelmente porque os níveis de estradiol afetam o centro regulador da temperatura. Ao sentir os fogachos é comum a mulher começar a suar, sentir palpitações e dores de cabeça. Esses sintomas afetam diretamente a vida da mulher que pode ficar até mesmo impossibilitada de realizar suas atividades diárias.

Outro problema relacionado com o climatério é a vida sexual. Nesse período observa-se que a vagina começa a apresentar uma menor lubrificação e a parede vaginal se torna mais enrijecida. Isso faz com que a mulher sinta dores antes e após a relação sexual, fazendo com que muitas evitem as atividades sexuais.

Além disso, a osteoporose e o risco de doenças cardiovasculares aumentam em decorrência da queda hormonal apresentada no climatério. Apesar de muitas relatarem um aumento acentuado no peso, ainda não se compreende completamente o mecanismo e a relação com o hipoestrogenismo.

Todas essas modificações na qualidade de vida podem culminar em depressão e irritabilidade. Encarar o envelhecimento e todas as mudanças no corpo pode ser muito difícil para a mulher, que muitas vezes necessita até mesmo de ajuda psicológica. Outro ponto que merece destaque é a sexualidade que está diretamente relacionada com a qualidade de vida e é uma das maiores reclamações das pacientes.

Uma das principais formas de tratamento dos sintomas do climatério é a reposição hormonal. Entretanto, vêm se observando uma redução nesse tipo de terapia, uma vez que estudos demonstraram que ela poderia estar relacionada com eventos trombóticos e câncer de mama. Sendo assim, antes de recomendar qualquer terapia, o médico deverá avaliar o risco/benefício dos hormônios para cada paciente.

Exercícios físicos podem gerar resultados positivos para mulheres climatéricas, uma vez que melhoram o humor e diminuem os sintomas desagradáveis. Além disso essas atividades regulares fortalecem a musculatura, aumentam a densidade óssea, diminuem a gordura corporal, além de diversos outros benefícios. A alimentação saudável também é um ponto importante na melhora do quadro clínico do climatério.

É importante que a mulher enfrente essa fase de sua vida com muita disposição e compreenda que o climatério não é nenhuma doença. Apesar dos incômodos gerados, é uma fase natural da vida da mulher e deve ser encarada de maneira positiva, tanto por ela como pelo parceiro e amigos.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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