Adaptações dos peixes à vida aquática
Os peixes são um grupo de animais vertebrados encontrados nos ambientes aquáticos. Para sobreviver nesses locais, o animal necessita, por exemplo, estar adaptado à locomoção nesse meio e, para isso, apresenta formas de vencer a resistência do atrito e a ação da gravidade, e garantir uma captação de oxigênio eficiente do meio. A seguir, relacionamos algumas das principais adaptações dos peixes ao meio aquático.
→ Formato hidrodinâmico, muco e escamas
Em geral, os peixes apresentam um corpo fusiforme, ou seja, um corpo que possui as extremidades mais estreitas que o centro. Esse formato hidrodinâmico promove a redução do atrito com a água, proporcionando uma melhor movimentação no ambiente. Além desse formato, os peixes apresentam ainda muco e escamas, que diminuem o atrito do corpo do animal com a água.
→ Nadadeiras
As nadadeiras são órgãos responsáveis pela locomoção. Os peixes osteíctes e condrictes apresentam nadadeiras ventrais aos pares, que correspondem a um par de nadadeiras peitorais e um par de nadadeiras pélvicas. Esses animais possuem ainda duas nadadeiras dorsais, uma anal e uma caudal. A nadadeira caudal está relacionada com o impulso do peixe na água, a dorsal e a anal garantem estabilidade e as pélvicas e peitorais orientam o movimento.
→ Bexiga natatória
A bexiga natatória é uma bolsa de gás que apresenta a função de aumentar a flutuabilidade, garantindo ao peixe regular sua posição na água. Quando o peixe mergulha, a pressão da água sobre o peixe pressiona a bexiga natatória, tornando-o mais denso e garantindo que ele afunde. Para subir, ocorre o processo inverso e, assim, a bexiga expande-se e o peixe torna-se menos denso. Vale salientar, no entanto, que a bexiga natatória está presente apenas em peixes ósseos, já que a flutuabilidade é conseguida em peixes cartilaginosos graças a uma reserva de óleo no fígado.
→ Respiração branquial
Os peixes apresentam uma estrutura denominada brânquia que é bastante eficiente na captação de oxigênio. Nesses animais, a água entra pela boca e sai pelas brânquias, em um fluxo unidirecional. Nas brânquias, o fluxo sanguíneo ocorre no sentido oposto ao do fluxo da água, promovendo um processo conhecido como troca por contracorrente, que aumenta a captação do oxigênio da água.
→ Linha lateral
A linha lateral é uma importante adaptação dos peixes ao ambiente aquático. Essas linhas estendem-se na lateral do corpo do peixe e são formadas por aberturas por onde a água penetra. Nessas aberturas, as células sensoriais são capazes de detectar diferentes variações de pressão na água, o que possibilita a esses animais serem capazes de detectar o movimento na água.