Buriti
Considerado a palmeira mais abundante do país, o buriti, Mauritia flexuosa, da família Arecaceae, pode ser encontrado no cerrado, no pantanal e na Amazônia.
Espécie abundante no cerrado, pode atingir até 15m de altura e é considerada uma indicativa de água, sendo comum vê-la em veredas, nascentes, brejos, rios, riachos e cachoeiras.
O fato de essa espécie ser encontrada em locais com água em abundância não é à toa. Quando a palmeira libera seus frutos, eles caem na água, que ajuda na quebra da dormência das sementes, além de ser um dos meios de dispersão dessas sementes.
A palmeira do buriti produz uma grande quantidade de frutos que maturam entre os meses de dezembro e maio, e que servem de alimento para aves e pequenos mamíferos que também colaboram na dispersão das sementes. Seus frutos, ricos em vitaminas A, B e C, também fornecem cálcio, ferro e proteínas, podendo ser consumidos ao natural ou em forma de sucos, sorvetes, doces e licores. A palmeira fornece palmito, fécula e madeira.
O óleo da fruta do buriti é rico em caroteno e tem valor medicinal para a comunidade local, que o utiliza como vermífugo, energético natural e cicatrizante. O óleo também é utilizado para amaciar e envernizar couros e dar cor e aroma a cosméticos como xampu, cremes e sabonetes. Por ser eficiente na absorção de raios UV, é muito empregado na produção de filtro solar.
As folhas do buriti geram palhas que são muito empregadas pela comunidade local na cobertura de casas e no artesanato, com a produção de bolsas, tapetes, toalhas de mesa, brinquedos e bijuterias. Os talos das folhas do buriti são usados para a fabricação de móveis leves, resistentes e bonitos.
As folhas jovens da palmeira produzem fibras muito finas, que os artesãos chamam de “a seda do buriti”. Elas são utilizadas na fabricação de peças feitas com o capim-dourado.