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Noradrenalina

A noradrenalina é um importante composto químico que atua como neurotransmissor e como hormônio em nosso organismo, desempenhando várias funções.
A noradrenalina é um composto da família das catecolaminas, assim como a dopamina e a adrenalina.
A noradrenalina é um composto da família das catecolaminas, assim como a dopamina e a adrenalina.

A noradrenalina é um composto químico da família das catecolaminas, que apresentam como precursor o aminoácido tirosina. A noradrenalina atua como neurotransmissor e como hormônio e é um precursor endógeno da adrenalina. A noradrenalina é também chamada de norepinefrina e foi identificada em meados dos anos 60.

Leia também: Neurotransmissor

→ Onde a noradrenalina é produzida?

A noradrenalina é produzida na medula suprarrenal e também no sistema nervoso. Quando produzida no sistema nervoso, ela atua como neurotransmissor que excita o sistema nervoso autônomo. Os neurônios pós-ganglionares da divisão simpática são responsáveis por produzir noradrenalina. Quando a noradrenalina está fora do sistema nervoso, ela atua como hormônio.

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→ Para que serve a noradrenalina?

A noradrenalina é um composto químico envolvido em vários processos importantes do organismo. Um dos seus efeitos mais conhecidos é o vasopressor, ou seja, ela provoca aumento da pressão arterial, em razão do efeito vasoconstritor.

A noradrenalina também possui efeito inotrópico positivo, ou seja, ela possui a capacidade de aumentar a força de contração do coração. A noradrenalina é também relacionada com nossa capacidade de ficar em alerta e ter uma boa memória.

A noradrenalina atua como um importante neurotransmissor, assim como a dopamina.
A noradrenalina atua como um importante neurotransmissor, assim como a dopamina.

Em situações de estresse de curta duração, a noradrenalina juntamente com a adrenalina são secretadas pelas glândulas suprarrenais. Nesses casos, a noradrenalina atua garantindo a quebra de glicogênio e a liberação de glicose e de ácidos graxos.

Tanto a glicose quanto os ácidos graxos podem ser usados pelas células na produção de energia.  Além de disponibilizar fonte de energia para as células, a noradrenalina aumenta o ritmo e a quantidade de batimentos cardíacos, também garante a dilatação dos bronquíolos.

→ Noradrenalina na UTI

A noradrenalina apresenta grande utilidade em pacientes em choque séptico, uma condição que pode levar muitas pessoas à morte. Nesse caso, a noradrenalina é utilizada como uma droga vasopressora, uma vez que, no choque séptico, é comum um aumento da vasodilatação, que ocasiona a hipotensão arterial. 

A norepinefrina atua garantindo, nesses casos, o aumento da pressão arterial.  Além dessa utilização, a noradrenalina é utilizada nas manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Nesse caso, a droga é usada como vasoconstritora.

A noradrenalina é usada, por exemplo, em caso de choque séptico.
A noradrenalina é usada, por exemplo, em caso de choque séptico.

→ Noradrenalina e adrenalina

A adrenalina, assim como a noradrenalina, é uma catecolamina. Ela é produzida pela glândula suprarrenal e liberada em situação de estresse de curta duração, juntamente com a noradrenalina. Entre suas ações, podemos citar o aumento da pressão sanguínea, aumento da taxa respiratória, aumento da glicemia e alterações no fluxo sanguíneo no corpo, que causam, por exemplo,  mudanças na atividade de importantes sistemas, tais como o sistema digestório e reprodutor. A noradrenalina é um precursor endógeno da adrenalina.

A adrenalina possui também utilização na medicina, sendo recomendada em casos em que o paciente apresenta choque circulatório e broncoespasmos (estreitamento da luz bronquial) severos. Também é usada na reação alérgica potencialmente fatal, denominada anafilaxia, e durante manobras de ressuscitação cardiopulmonar.

Leia também: Hormônios produzidos nas glândulas suprarrenais

 → Noradrenalina e depressão

A noradrenalina parece estar relacionada com a depressão, uma condição relativamente comum que está vinculada a sintomas, como humor deprimido, perda de interesse, cansaço, dificuldade para dormir, apetite reduzido, alterações na concentração e atenção, redução da autoestima, visões pessimistas do futuro e ideias de culpa.

A hipótese das monoaminas diz que a redução de monoaminas (noradrenalina, serotonina e dopamina) na fenda sináptica é responsável por desencadear sintomas de depressão. Desse modo, acredita-se que pacientes deprimidos possuem uma diminuição da noradrenalina e de outros neurotransmissores.

Acredita-se que em pacientes com depressão haja uma redução dos níveis de certos neurotransmissores.
Acredita-se que em pacientes com depressão haja uma redução dos níveis de certos neurotransmissores.

O tratamento de depressão envolve, portanto, uma série de medicamentos que visam a manter adequados os níveis de neurotransmissores. De acordo com o Ministério da Saúde, existem mais de 30 antidepressivos disponíveis e, de modo geral, esses medicamentos não deixam o indivíduo incapacitado ou entorpecido.

→ Noradrenalina e mania

A noradrenalina apresenta relação com o desenvolvimento da mania, uma das fases do transtorno bipolar.  Esse transtorno é uma condição psiquiátrica caracterizada por mudanças graves de humor, em que se observa alguns momentos de humor elevado e outros de depressão.

Em quadros maníacos, o paciente, geralmente, apresenta estado de humor elevado ou irritabilidade, inquietação, agitação psicomotora, hiperatividade, redução das necessidades de sono, desorganização das ideias, o pensamento torna-se mais rápido e as ideias podem ser delirantes. Na mania, observa-se um aumento da noradrenalina.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos

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