Ordem sphenodonta
Também chamados de esfenodontes ou rinocéfalos, os animais que fazem parte dessa ordem são répteis representados pela espécie Sphenodon punctatus, conhecida como tuatara, única espécie sobrevivente dessa ordem.
O tuatara é um réptil encontrado apenas na Nova Zelândia. Esses animais não são considerados lagartos por alguns motivos: não apresentam ouvido externo, possuem uma extensão de suas costelas em forma de ganchos, apresentam duas grandes aberturas localizadas em cada lado do crânio, bem atrás da cavidade ocular, além de machos não possuírem pênis.
Os tuataras possuem no alto da cabeça o olho pineal, chamado por alguns de terceiro olho. Esse olho é revestido por uma escama opaca que se desenvolve na medida em que o animal cresce. Ele é ligado à glândula pineal, tem uma conexão nervosa junto ao cérebro e é constituído por retina e lentes, sendo capaz de acusar variações na luminosidade do ambiente.
Ativos durante a noite, os tuataras passam o dia escondidos em buracos ou tocas, sendo que, às vezes, podem ser vistos aquecendo seu corpo ao sol, na entrada das tocas. Os machos são maiores e mais pesados do que as fêmeas e, assim como lagartos, são capazes de realizar a autotomia caudal (soltar a cauda para escapar de predadores). Alimentam-se de insetos, lagartos, ovos de aves marinhas e às vezes de filhotes de tuataras.
A reprodução desses animais ocorre por justaposição de cloacas. As fêmeas colocam aproximadamente 19 ovos que eclodem de 12 a 15 meses depois (um dos maiores períodos de incubação entre os répteis), dependendo da temperatura. O filhote de tuatara, ao contrário do adulto, tem maior atividade durante o dia, o que pode ser uma estratégia para se livrar dos ímpetos canibalescos dos adultos.