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Epilepsia

A epilepsia é uma condição neurológica que se caracteriza pela ocorrência de crises. Ela pode ser controlada com o uso de medicamentos específicos.
Perfil de um rosto humano, em um fundo azul, com descargas elétricas em seu cérebro representando à epilepsia.
Na epilepsia, observam-se descargas elétricas anormais no cérebro.

A epilepsia é um problema neurológico que se caracteriza pela ocorrência de crises, as quais são denominadas crises epilépticas. Essas crises ocorrem em intervalos variáveis e resultam de descargas elétricas anormais e excessivas que ocorrem no cérebro.

As causas da doença são variáveis e incluem, por exemplo, doenças genéticas e problemas de oxigenação durante o parto. As crises podem ser classificadas em focais ou generalizadas. As pessoas com epilepsia que recebem tratamentos adequados podem levar uma vida normal.

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O que é a epilepsia?

A epilepsia é um problema neurológico provocado por uma atividade elétrica cerebral anormal, temporária e reversível. Essa atividade anormal, que leva a uma descoordenação dos sinais neurológicos, provoca o que chamamos de crises epilépticas, as quais podem ser de diferentes tipos e podem provocar sintomas como alteração da consciência e tremores.

Convulsão é epilepsia?

Apesar de muitas pessoas pensarem que convulsão e epilepsia são sinônimos, isso não é verdade. O que chamamos de convulsão é a crise conhecida como tônico-clônica, que se caracteriza pelo surgimento de tremores, salivação excessiva e outros sintomas. Segundo a LBE (Liga Brasileira de Epilepsia), “para considerar que uma pessoa tem epilepsia ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas, portanto a pessoa poderá ter uma crise epiléptica (convulsiva ou não) e não ter o diagnóstico de epilepsia”.

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O que causa a epilepsia?

A epilepsia apresenta diferentes causas, as quais incluem doenças genéticas, tumores no cérebro, traumas no crânio, falta de oxigenação durante o parto, AVC, meningite e encefalite herpética. Ela pode afetar pessoas de todas as idades.

Tipos de epilepsia

A epilepsia pode ser classificada em dois eixos: topográfico e etiológico. No eixo topográfico, incluem-se as epilepsias generalizadas e focais. No eixo etiológico, incluem-se as epilepsias idiopáticas, sintomáticas e criptogênicas.

  • Eixo topográfico

— Epilepsia generalizada: as crises epilépticas resultam de descargas elétricas excessivas no cérebro que envolvem ambos os hemisférios cerebrais simultaneamente e, em geral, provocam alteração da consciência. As manifestações motoras, quando surgem, são sempre bilaterais. Os principais exemplos de epilepsias generalizadas são as crises de ausência, crises mioclônicas e crises tônico-clônicas generalizadas.

— Epilepsia focal: as crises epilépticas ocorrem devido a uma descarga elétrica que está limitada a uma área específica do cérebro, afetando um hemisfério, sendo sua manifestação ligada diretamente ao local de início e à velocidade de descarga. Pode haver ou não o comprometimento da consciência. Elas podem ser classificadas em simples ou complexas. Na simples, não há alteração na consciência; na complexa, há.

  • Eixo etiológico

— Epilepsia idiopáticas: são aquelas que ocorrem na ausência de lesão estrutural subjacente.

— Epilepsia sintomática: ocorrem devido a lesões, como esclerose temporal mesial e tumores cerebrais primários.

— Epilepsia criptogênica: são aquelas presumivelmente sintomáticas, mas que não apresentam confirmação de lesão nos exames de imagem.

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Crises epilépticas

As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes formas, sendo a crise mais conhecida pela população aquela que se caracteriza pela perda de consciência, enrijecimento do corpo e tremores. Essa crise é conhecida como tônico-clônica, também chamada popularmente de convulsão.

Há ainda crises em que a pessoa se apresenta como se tivesse sido desligada, sendo essa ocorrência conhecida como crise de ausência. Em algumas crises, a pessoa permanece acordada, sendo observada a preservação da consciência. Trata-se, nesse caso, de uma crise focal simples. As diferentes crises estão relacionadas diretamente com a área do cérebro que é afetada no momento.

Como agir diante de uma crise epiléptica?

Ao observar uma pessoa em crise epiléptica, proteja a cabeça da vítima e a coloque de lado para evitar sufocamento.
Ao observar uma pessoa em crise epiléptica, proteja a cabeça da vítima e a coloque de lado para evitar sufocamento.

Muitas pessoas ficam desesperadas ao presenciarem uma crise epiléptica, mas o ideal é manter a calma e seguir algumas dicas. Primeiramente acomode o indivíduo que está em crise de modo que ele não bata a cabeça no chão e o coloque de lado para evitar o sufocamento pela saliva ou vômito. Retire objetos próximos que possam causar lesões ou mesmo objetos pessoais que possam fazer com que a pessoa se machuque, tais como relógios e óculos. É importante também afrouxar as roupas. Espere a crise passar e mantenha a pessoa calma após esse evento. Muitas pessoas, ao retornarem das crises, apresentam-se confusas.

Outros pontos importantes ao presenciar uma crise epiléptica dizem respeito ao que não deve ser feito.

  • Nunca coloque objetos na boca da pessoa que está em crise. Devido à força da mandíbula, essa atitude pode causar danos em quem ajuda e em quem, teoricamente, está sendo ajudado. É importante deixar claro que a língua do paciente não enrola durante a crise, portanto essas atitudes são desnecessárias.
  • Não segure os membros de uma pessoa durante uma crise.
  • Não jogue água na vítima.
  • Não bata no rosto da vítima.
  • Não ofereça bebidas para uma pessoa durante a crise.
  • Não medique uma pessoa após uma crise.
  • Não ofereça nada para a vítima cheirar.

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Diagnóstico da epilepsia

Para diagnosticar um caso de epilepsia, o médico deve analisar o histórico clínico do paciente. É importante que outra pessoa acompanhe o indivíduo até o médico para que este possa descrever as crises que o paciente apresenta. Exames como eletroencefalograma e tomografia do crânio podem ser importantes para a determinação do diagnóstico de epilepsia.

Tratamento da epilepsia

O tratamento da epilepsia inclui medicamentos chamados de antiepilépticos, os quais são muito eficientes para reduzir as crises. De acordo com a Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), o uso regular de uma ou duas medicações é capaz de controlar adequadamente as crises em 70% dos casos. É recomendado ainda que o paciente não faça ingestão de bebidas alcoólicas, adote uma alimentação saudável, evite situações de estresse e procure ter boas noites de sono. Vale salientar que pacientes com epilepsia que fazem o tratamento adequado podem ter uma vida normal.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos

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