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Infarto

O infarto, também chamado ataque cardíaco, é um problema grave de saúde que ocorre como consequência do bloqueio do fluxo sanguíneo normal para o músculo do coração.
Infarto do miocárdio
O infarto ocorre como consequência da interrupção do fluxo sanguíneo para o coração.

O infarto do miocárdio, também conhecido popularmente como ataque cardíaco, é a morte de cardiomiócitos (fibras musculares cardíacas) de uma determinada região do músculo do coração como consequência da interrupção prolongada de fluxo sanguíneo no local.

Essa interrupção pode ser causada, por exemplo, pelo rompimento de uma placa aterosclerótica que leva à formação de um trombo (coágulo), impedindo a passagem adequada do sangue. Geralmente o infarto caracteriza-se por dor opressiva na região do peito e alteração nos impulsos elétricos cardíacos.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2017, foram notificadas 91,8 mil mortes em decorrência do infarto em nosso país. Diante da alta mortalidade decorrente desse problema e do grande número de casos, é fundamental conhecermos melhor o que é o infarto do miocárdio.

A seguir, falaremos sobre sintomas, tratamentos e prevenção dessa grave emergência médica.

Leia também: 5 problemas de saúde que mais matam no mundo

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Quais os sintomas do infarto?

O infarto do miocárdio pode desencadear sintomas importantes que merecem atenção, sendo o principal deles a dor ou desconforto na região peitoral que é descrita pelos pacientes como um aperto.

Essa dor pode irradiar-se para o braço esquerdo, costas e rosto, raramente irradia-se para o braço direito. Vale salientar que esse sintoma costuma ser intenso e contínuo e não apresenta relação com a prática de atividades físicas.

A dor no peito é o principal sintoma do infarto, porém não é o único. Idosos, muitas vezes, não sentem dor.
A dor no peito é o principal sintoma do infarto, porém não é o único. Idosos, muitas vezes, não sentem dor.

A dor no peito não é o único sintoma de infarto, podendo ser observados também palidez, mal estar generalizado, náusea, grande produção de suor, alterações na frequência cardíaca, ansiedade e agitação, e falta de ar.

Esse último sintoma é comum no infarto em idosos. Outro ponto que merece destaque é que, em idosos e diabéticos, o infarto pode ocorrer sem causar dor torácica, o que dificulta uma percepção rápida do problema.

É importante citar que, de acordo com dados disponíveis no site da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ), geralmente os sintomas do infarto acontecem nas primeiras horas do dia. Além disso, não é frequente a ocorrência do infarto durante ou após a realização de exercícios físicos.

Leia também: Trombose

Sintomas em mulheres

Apesar do que muitas pessoas pensam, o infarto do miocárdio pode desencadear sintomas diferentes em mulheres e em homens. É comum que a dor no peito que irradia para o braço seja descrita como principal sintoma do infarto. Entretanto, nem sempre esse é observado em mulheres, o que faz com que esse grupo, muitas vezes, não saiba reconhecer o problema.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, podemos observar em mulheres sintomas típicos e atípicos. Veja tabela seguinte com os sintomas de infarto em mulheres:

atípicos. Veja tabela seguinte com os sintomas de infarto em mulheres:

Sintomas típicos

Dor ou desconforto na região peitoral (que pode irradiar-se para o braço esquerdo, costas e rosto)

Sudorese

Palidez

Falta de ar

Sensação de desmaio

Sintomas atípicos

Dor abdominal que lembra a dor de uma gastrite ou esofagite

Enjoo

Mal-estar

Sensação de cansaço

Fatores de risco para o infarto

O infarto do miocárdio é uma importante causa de morte no Brasil e em todo o mundo, e alguns fatores aumentam a chance do desenvolvimento do problema. Veja a seguir alguns fatores de risco para o infarto:

para o infarto:

Fatores de risco

Diabetes

Estresse

Histórico familiar de infarto

Níveis altos de colesterol

Obesidade

Pressão alta

Sedentarismo

Tabagismo


Leia também: Riscos do excesso de sal na alimentação

Diagnóstico de infarto

O diagnóstico do infarto é feito analisando o quadro clínico do paciente e por meio da realização de exames. Os exames buscam observar alterações eletrocardiográficas e a elevação dos marcadores bioquímicos de necrose.

O principal instrumento para identificar o problema é o eletrocardiograma, uma vez que os sintomas variam muito de um paciente para outro e os marcadores indicam sua elevação após, aproximadamente, seis horas do inicio da dor. O diagnóstico rápido é essencial para evitar possíveis complicações.

A grande maioria das mortes por infarto ocorre logo nas primeiras horas de manifestação do problema. Sendo assim, muitas pessoas morrem antes mesmo de terem assistência médica. Ao iniciar os sintomas, o atendimento médico deve ser buscado imediatamente.

Estima-se que, pelo menos, 90% das pessoas que chegam ao hospital sobrevivem, aqueles que não conseguem ser salvos, geralmente, possuem grandes áreas do coração atingidas.

Tratamento do infarto

O infarto deve ser rapidamente tratado, uma vez que é considerado uma importante causa de morte na população. O tratamento baseia-se no restabelecimento do fluxo cardíaco, com a desobstrução da artéria entupida.

Dentre as técnicas utilizadas, podemos citar a angioplastia coronária e a utilização de medicamentos que visam dissolver o coágulo e restabelecer o fluxo de sangue. Vale destacar que outros medicamentos são fornecidos ao paciente para aliviar a dor.

O infarto do miocárdio é a primeira causa isolada de mortes no Brasil.


Em casos em que não há complicação, a alta médica pode ocorrer, em média, após quatro dias do infarto. Ao completar-se uma semana, analisa-se novamente o quadro do paciente para avaliar um risco de novo infarto.

O médico irá fazer também recomendações para o paciente em recuperação indicando quando o paciente, pode, por exemplo, voltar a suas atividades normais e também quais as modificações necessárias em sua vida. Normalmente, recomenda-se a interrupção de cigarros para fumantes, mudanças na alimentação, controle da pressão alta, do colesterol e da diabetes.

Prevenção do infarto

Para prevenir-se do infarto, algumas medidas simples podem ser tomadas de modo a combater os fatores de risco para o desenvolvimento do problema. Sem dúvidas, hábitos de vida saudáveis são essenciais para evitar esse tipo de ataque.

A obesidade é um fator de risco para o infarto, portanto, controlar a alimentação e o ganho de peso é uma forma de prevenir o problema.
A obesidade é um fator de risco para o infarto, portanto, controlar a alimentação e o ganho de peso é uma forma de prevenir o problema.

Veja, a seguir, algumas dicas importantes para reduzirem-se os riscos de infarto:

  • Realizar uma alimentação correta, incluindo na dieta frutas, legumes e verduras.

  • Controlar o aumento de peso.

  • Realizar atividades físicas regulares. (Vale salientar que é importante consultar um médico antes de iniciar qualquer atividade física.)

  • Não fumar. (Lembre-se de que o tabagismo traz riscos não só para o fumante, como também para as pessoas próximas.)

  • Combater o estresse.

  • Caso seja diabético ou apresentar pressão alta, é importante seguir rigorosamente as recomendações do médico para o controle desses problemas.

ATENÇÃO: Ao suspeitar que está sofrendo um infarto ou que outra pessoa está sofrendo esse tipo de ataque, acione rapidamente o socorro. Um atendimento rápido é essencial para salvar vidas.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos

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