Alzheimer
Alzheimer, doença de Alzheimer ou mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que apresenta como sintoma mais marcante a perda da memória. Não apresenta cura e afeta, principalmente, pessoas com idade acima dos 65 anos.
Quando ocorre antes dos 65 anos, é chamado de doença de Alzheimer de início precoce. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas acometidas. Ainda de acordo com a associação, somente no Brasil existe cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.
Apesar de a doença não apresentar cura, o diagnóstico precoce é importante para que se controle o seu avanço, garantindo, desse modo, melhor qualidade de vida para o paciente e também para os indivíduos à sua volta. É importante salientar que a perda de memória, dificuldade de atenção e problemas na comunicação não devem ser encarados como transtornos inerentes à velhice, sendo fundamental procurar um médico quando esses sinais de alerta surgem.
Leia também: 1º de outubro – Dia do Idoso
O que é a doença de Alzheimer?
O Alzheimer é uma doença que não apresenta cura e é progressivo, ou seja, piora ao longo do tempo. Ele provoca lesões no cérebro do indivíduo, sendo as duas principais o surgimento de placas senis decorrentes do depósito de proteína β-amiloide e os emaranhados neurofibrilares. Outro achado nos cérebros desses indivíduos é a redução de neurônios e das sinapses, sendo observada uma progressiva redução do volume do cérebro.
Fatores de risco para o desenvolvimento do Alzheimer
Os fatores que desencadeiam a doença de Alzheimer não são bem conhecidos. O principal fator de risco para o desenvolvimento da doença é a idade. Após os 65 anos, o risco de apresentar a enfermidade dobra a cada cinco anos. Outros fatores de risco incluem o sexo (mulheres apresentam risco aumentado para o desenvolvimento da doença), histórico familiar da doença, hábitos de vida pouco saudáveis, hipertensão, diabetes, sedentarismo, obesidade e uso de cigarro.
Por que a doença de Alzheimer recebe esse nome?
A doença de Alzheimer recebe essa denominação em homenagem ao primeiro médico que estudou e descreveu a doença em 1906: Alois Alzheimer.
Alois estudou uma paciente de 51 anos de idade que havia desenvolvido uma perda de memória progressiva e dificuldade de comunicação, compreensão e expressão. Após a morte da mulher, ele analisou seu cérebro e descreveu características que hoje são bem reconhecidas como indicadores da doença.
Quais são os sintomas do Alzheimer?
O sintoma inicial do Alzheimer é a perda da memória recente, sendo a memória mais remota preservada até estágios mais avançados da doença. Além da perda de memória, o indivíduo apresenta:
-
dificuldade de atenção para resolver cálculos e utilizar objetos comuns;
-
desorientação do raciocínio;
-
alterações comportamentais, tais como depressão, irritabilidade, alucinações, hiperatividade, transtornos de humor, perda de peso e insônia.
À medida que a doença progride, o indivíduo vai se tornando cada vez mais dependente de outras pessoas. Em estágios mais avançados, a pessoa pode ficar acamada e não ser mais capaz de cuidar de sua higiene e de sua alimentação, sendo fundamental o acompanhamento contínuo para que situações perigosas sejam evitadas.
Leia também: 5 problemas de saúde que mais matam no mundo
Quais são as fases do Alzheimer?
O Alzheimer pode ser dividido em três fases: leve, moderada e grave.
-
Fase leve: são observadas alterações como perda da memória recente, dificuldade para encontrar palavras e tomar decisões, perda de interesse por atividades de que gostava, desorientação no espaço e tempo, agressividade e depressão.
-
Fase moderada: há um comprometimento maior do indivíduo, o qual já não é mais capaz de cuidar da sua casa sozinho e de realizar atividades simples, como fazer compras. O cuidado com a higiene também é comprometido, e o indivíduo passa a necessitar de ajuda. Pode-se observar dificuldade para expressar-se e falar, mudanças no comportamento e alucinações. Nessa fase a perda de memória acentua-se e a pessoa acometida pode esquecer até mesmo o nome de pessoas próximas.
-
Fase grave: na fase grave da doença, o indivíduo passa a ter total dependência de outras pessoas, apresentando dificuldade para comer, prejuízo grave à memória, incapacidade de compreender o que ocorre ao seu redor, incontinência urinária e fecal e dificuldade de locomoção, sendo muitas vezes necessário o uso de cadeira de rodas ou o indivíduo ficar acamado.
Como é feito o diagnóstico do Alzheimer?
O diagnóstico do Alzheimer é feito por meio da análise dos sintomas apresentados pelo indivíduo e exames. Podem ser solicitados exames de sangue, tomografias e ressonância magnética do crânio. Apesar de não existir uma forma de diagnóstico específica para identificar o problema, a realização de alguns exames auxilia na exclusão de outras doenças que possam provocar os mesmos sintomas.
A pessoa com Alzheimer, como vimos, apresenta problemas de memória e também de linguagem. Esses sintomas, no entanto, são vistos, muitas vezes, como sinais comuns da velhice. O paciente, geralmente incapaz de perceber o que está acontecendo, não procura ajuda especializada e os familiares ignoram o problema. Com isso, o diagnóstico é feito tardiamente, o que pode fazer com que o tratamento tenha pouco resultado. Sendo assim, se surgir qualquer sinal de alerta, um médico deve ser procurado.
Leia também: Parkinson — doença crônica e progressiva que afeta o sistema motor
O Alzheimer tem cura?
O Alzheimer é uma doença degenerativa e progressiva que não apresenta cura. Entretanto, o tratamento pode retardar o avanço da doença e garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente. O tratamento inclui tanto o uso de medicamentos específicos, como terapias não farmacológicas, quanto a realização de exercícios físicos e atividades que potencializem as habilidades cognitivas do indivíduo e o contato social. Esse último é muito importante para melhorar o relacionamento do paciente com Alzheimer e outras pessoas. Vale salientar que, em cada etapa do Alzheimer, o paciente necessita de cuidados distintos e, em estágio avançado, pode ser necessário o monitoramento constante do paciente.