África do Sul e a Aids
Após uma série de problemas de ordem racial na África do Sul, proveniente do apartheid, existe hoje uma real ameaça ao seu crescente desenvolvimento econômico, social e produtivo. O que pode comprometer tal desenvolvimento é o alto índice de pessoas com AIDS (doença causada pelo vírus HIV que afeta as defesas do corpo), que muitos já encaram como uma epidemia.
De acordo com a UNAIDS, somente no ano de 1999 pelo menos 3,8 milhões de pessoas contraíram a doença. O país africano que mais sofre com a AIDS é a África do Sul, onde provavelmente cerca de quatro milhões de pessoas estão contaminadas.
Segundo um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), pelo menos 40% dos jovens com menos de quinze anos nativos da África do Sul não atingirá a idade de 60 anos, devido ao surto da doença, diariamente são diagnosticados cerca de 1.400 novos infectados.
Na Cidade do Cabo, no ano de 2006, a doença matou todos os dias 960 pessoas, em pesquisas realizadas pela Sociedade Sul-Africana de Estatística e pelo Conselho Médico de Pesquisa, realizada a cada dois anos, foi constatado que, dos 48 milhões de habitantes, 5,4 milhões foram contaminados no segundo semestre do ano de 2006.
Os altos índices de infectados ocasionou a diminuição na esperança de vida da população, que era de 63 para 51 anos, as previsões não são otimistas em relação à diminuição de casos, pois conforme o relatório apresentado a grande ocorrência da AIDS não tende a decrescer e deverá prolongar até a próxima década. Outra constatação divulgada no relatório do Conselho Médico de Pesquisa é que apenas 230 mil pessoas contaminadas têm acesso ao tratamento da doença, o restante não recebe nenhum tipo de procedimento médico.
Esse processo poderá causar a diminuição drástica no número de habitantes do país, isso compromete a quantidade da mão-de-obra disponível, diminui a população economicamente ativa, sem contar os altos gastos com o tratamento da doença que possui um elevado preço.