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Taxa de natalidade e taxa de mortalidade

Taxas de natalidade e de mortalidade são indicadores de desenvolvimento humano. Ambas representam a quantificação e o estudo da população.
As taxas de natalidade e de mortalidade representam a dinâmica da população mundial.
As taxas de natalidade e de mortalidade representam a dinâmica da população mundial.

Taxa de natalidade e taxa de mortalidade são importantes indicadores estatísticos do crescimento demográfico. O estudo dos dados fornecidos por esses indicadores ajuda a compreender a dinâmica populacional e a entender sua relação com variáveis que influenciam o desenvolvimento, como migrações, qualidade de vida, fatores socioeconômicos e localização.


Taxa de natalidade

Esse indicador representa o número de nascidos vivos no período de um ano, excluindo o número de crianças que nasceram mortas ou que morreram logo após o nascimento. Representa a relação entre os nascimentos em um ano e o número total da população.

Essa taxa é calculada a cada mil habitantes, e seu resultado é apresentado em permilagem (número por mil).

Observe abaixo um exemplo hipotético de cálculo de taxa de natalidade:

População total do país: 1 300 000 habitantes

Nascimentos em um ano: 10 000

Taxa de natalidade:

10 000 x 1000 = 7,69‰
1 300 000              

O resultado do cálculo acima indica que nascem, no país em questão, aproximadamente 8 crianças a cada 1000 habitantes no período de um ano.
 

→ Taxa de natalidade nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos

Países subdesenvolvidos apresentam elevadas taxas de natalidade em decorrência da ineficácia das políticas públicas relacionadas à saúde, à educação e ao mercado de trabalho. Boa parte da população enfrenta condições de vida miseráveis e falta de acesso a recursos básicos.

Já nos países desenvolvidos, é comum que essa taxa apresente-se em declínio ou reduzida. Nesses países, as políticas públicas normalmente atendem com eficiência à população: há planejamento familiar, o número de mulheres inseridas no mercado de trabalho é maior e o acesso à saúde e a métodos contraceptivos faz parte da realidade da maioria das famílias.


Taxa de mortalidade

Esse indicador representa o número de óbitos ocorridos no período de um ano. Essa taxa é calculada a cada mil habitantes e reflete a relação entre o número de mortos anuais e a população total de um determinado lugar. Esse resultado é dado em permilagem.

Observe abaixo um exemplo hipotético de cálculo de taxa de mortalidade:

População total do país: 5 500 000 habitantes

Óbitos em um ano: 30 000

Taxa de mortalidade:

30 000 x 1000 = 5,45‰
5 500 000             

O resultado do cálculo indica que morrem, no país em questão, aproximadamente 5 pessoas a cada 1000 habitantes no período de um ano.
 

→ Taxa de mortalidade nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos

Os países subdesenvolvidos, geralmente, apresentam essa taxa elevada, visto que a população carece de políticas públicas eficientes que garantam uma boa qualidade de vida, educação e inserção no mercado de trabalho.

Já nos países desenvolvidos, essa taxa apresenta-se reduzida, já que nesses países o acesso às políticas públicas, à saúde, ao saneamento básico e à educação é eficaz, possibilitando uma boa qualidade de vida à maioria da população. 


Taxa de mortalidade infantil

A taxa de mortalidade infantil representa o número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade e é calculada a cada mil crianças nascidas vivas no período de um ano. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)1, a redução da mortalidade infantil é uma das mais importantes metas nas políticas para a infância de todos os países.

Leia também: Principais causas da mortalidade infantil

Número de óbitos no primeiro ano de vida: 100

Nascimentos em um ano: 10000

Taxa de mortalidade infantil:

100 x 1000 = 10‰
10000           

O resultado do cálculo indica que morrem, antes de completarem um ano de vida, 10 crianças a cada 1000 crianças nascidas vivas no período de um ano, no país em questão.

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Crescimento vegetativo

Por meio das taxas de natalidade e de mortalidade, é possível calcular o crescimento vegetativo de uma população. Também chamado de crescimento natural, representa a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade no período de um ano.

Se em um determinado local o resultado da taxa de natalidade é maior que o de mortalidade, a população está crescendo. Se a taxa de mortalidade for maior que a de natalidade, a população do local está diminuindo. Caso as taxas apresentem-se iguais, significa que a população mantém-se estável e há um crescimento demográfico zero.
 

Taxa de fecundidade

Taxa de fecundidade representa a média de filhos por mulher ao longo de seu período fértil, entre 15 e 49 anos aproximadamente. 

Os países subdesenvolvidos, geralmente, apresentam elevação dessa taxa. É comum que as mulheres desses países procriem mais em decorrência da falta de acesso à saúde, a métodos contraceptivos e à educação.

Já nos países desenvolvidos, há um declínio dessa taxa, refletindo no envelhecimento populacional e na diminuição da população economicamente ativa (população inserida no mercado de trabalho).

Taxas de natalidade e de mortalidade no mundo 

O crescimento populacional é expressivo no mundo todo, apesar de estudos - como a revisão apresentada em 2017 por meio das Perspectivas da População Mundial elaborado pelas Nações Unidas2 - indicarem uma queda nas taxas de crescimento, principalmente nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. 

Algumas previsões da Organização das Nações Unidas3 apontam que, por volta de 2050, após atingir 10 bilhões de habitantes, a população do mundo começará a diminuir.

Em países como a China, é possível encontrar políticas de controle de natalidade com o objetivo de diminuir a população do país, que é o mais populoso do mundo. O governo chinês acredita que conter o número de nascimentos afetará positivamente na melhoria de vida dos habitantes, na diminuição da pobreza e na garantia de alimentação.

A diminuição dessas taxas, no entanto, acarreta problemas, pois há um elevado número de idosos nesses países, o que demanda maiores gastos com sistemas de saúde e de previdência. Outro reflexo é a redução da população economicamente ativa e, consequentemente, a redução do número de adultos em idade pró-ativa.

→ Países com maiores taxas de natalidade

1. Níger – 50‰

2. Mali – 47‰

3. Uganda – 44‰

4. Zâmbia – 43‰

5. Burkina Faso – 41‰

→ Países com maiores taxas de mortalidade

1. Ucrânia – 17‰

2. Letônia - 16‰

3. Lituânia - 16‰

4. Bulgária – 16‰

5. Lesoto – 15‰

Dados IBGE - 20144


Taxas de natalidade e de mortalidade no Brasil

A análise das taxas de natalidade e de mortalidade no Brasil permite identificar algumas tendências demográficas. Uma delas é a diminuição da taxa de natalidade, consequente de uma significativa melhora na qualidade de vida dos brasileiros. Outro fator relevante nessa redução é o aumento da urbanização, que alterou o modo de vida da maioria das famílias brasileiras.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística5, a taxa de natalidade no Brasil apresenta decréscimo ao longo dos anos. No ano de 2000, a taxa de natalidade era de 20,86 por mil habitantes. Em 2005, a taxa caiu para 18,15 a cada mil habitantes, chegando a 14,16 por mil habitantes em 2015.

A taxa de mortalidade também apresenta uma queda, apesar de ser menos expressiva do que a taxa de natalidade. No ano 2000, a taxa de mortalidade era de 6,67 a cada mil habitantes, caindo para 6,20 por mil habitantes em 2005. Em 2015, o número caiu para 6,08 por mil habitantes.

Outro aspecto relevante para análise da dinâmica populacional brasileira refere-se ao número de jovens, que apresenta tendência de diminuição, um reflexo da queda das taxas de natalidade e de fecundidade. Em contrapartida, o aumento do número de idosos aponta uma melhoria na expectativa de vida dos brasileiros, mas não descarta a dificuldade para sobreviverem, visto que o Brasil enfrenta problemas na esfera previdenciária.

_______________________________

1 https://www.unicef.org/brazil/pt/Pags_008_019_Mortalidade.pdf
2 http://www.ufjf.br/ladem/2017/09/15/cenarios-da-queda-da-fecundidade-e-o-futuro-da-populacao-mundial-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/
3 https://istoe.com.br/mundo-tera-quase-10-bilhoes-de-pessoas-em-2050-preve-onu/
4 https://paises.ibge.gov.br/#/pt
5 https://brasilemsintese.ibge.gov.br

Publicado por Rafaela Sousa

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