O enciclopedismo
O volume de novas ideias e pensamentos que buscavam reexplicar o mundo com base na visão iluminista assumiu grandes proporções durante o século XVII. No propósito de reunir esse conjunto de ideias, alguns intelectuais franceses, como Denis Diderot e D’Alembert, foram os responsáveis por produzir uma grande enciclopédia (publicada entre 1755 e 1772) que pudesse fornecer ao público as principais ideias do movimento iluminista.
A enciclopédia tinha como elementos norteadores a liberdade individual, comercial, industrial, de pensar, escrever e publicar; oposição clara às ideias religiosas e ao absolutismo político, que eram considerados obstáculos para a liberdade. Vários intelectuais da época colaboraram nesse projeto, entre eles, Buffon (naturalista francês), Jacques Necker (economista e político suíço), Turgot (economista francês), Condorcet (filósofo, matemático e político francês), Rousseau, Voltaire e Montesquieu (principais filósofos do Iluminismo). Eles escreveram sobre filosofia, política, economia, artes, ciências, educação e o saber em geral.
A publicação da enciclopédia foi proibida algumas vezes, pois, além de seus ataques à religião, era uma arma contra o absolutismo dominante e um programa de reivindicação social, mas mesmo proibida circulou cladestinamente por vários anos. Apesar de suas falhas científicas e literárias, teve enorme divulgação. Exerceu poderosa mudança no pensamento político e social e proporcionou uma nova visão de mundo para o homem moderno. O enciclopedismo certamente influenciou nos ideais da Revolução Francesa (1789).