Bateria selada
As baterias seladas representam um aperfeiçoamento das baterias de chumbo comuns. Para entendermos o que foi mudado de uma para a outra, temos que saber primeiro qual é o princípio de funcionamento de uma bateria comum.
As baterias de chumbo utilizadas em automóveis são denominadas assim porque elas são formadas por seis pilhas de 2V, sendo que em cada pilha o polo negativo ou ânodo é formado por placas de chumbo revestidas com chumbo (Pb) esponjoso e seu polo positivo, cátodo, é formado por placas de chumbo revestidas de PbO2, ambas estão mergulhadas numa solução aquosa de ácido sulfúrico (H2SO4) a 30%.
As reações responsáveis pelo funcionamento das baterias de chumbo são as seguintes:
Semirreação do Ânodo: Pb +HSO41-+ H2O ↔ PbSO4 + H3O1+ + 2e-
Semirreação do Cátodo: PbO2 + HSO41-+ 3H3O1+ + 2e-↔ PbSO4 + 5 H2O________
Reação global: Pb + PbO2 + 2 HSO41-+ 2 H3O1+↔ 2 PbSO4 + 4 H2O
No entanto, com o passar do tempo, a concentração do ácido sulfúrico vai diminuindo e o PbSO4 formado se acumula nos eletrodos, até que a bateria pare de funcionar.
Mas, essas reações são reversíveis e, portanto, as baterias comuns são recarregáveis, bastando inverter o sentido da reação por meio de uma corrente contínua. Isso é feito pelo dínamo ou alternador dos carros.
Veja, porém, que a reação inversa da reação global fará com que a água da solução seja decomposta e é por isso que é preciso adicionar de modo periódico água destilada na bateria:
Pb + PbO2 + 2 HSO41-+ 2 H3O1+↔ 2 PbSO4 + 4 H2O
Para acabar com esse inconveniente, sugiram as baterias seladas, em que há adição de 0,07% de cálcio aos eletrodos de chumbo. Isso faz com que se reduza bastante a decomposição da água e, então, não é preciso adicionar água destilada à bateria durante o seu tempo de vida útil.