Doença de Huntington

A Doença de Huntington é um distúrbio hereditário e degenerativo.
A doença de Huntington é causada por um gene defeituoso no cromossomo quatro

A Doença de Huntington (DH) é uma doença hereditária autossômica dominante e degenerativa provocada por uma alteração genética. Seu principal e primeiro sintoma é a coreia – grande quantidade de movimentos involuntários que vão aumentando à medida que o distúrbio avança –, mas que inicialmente pode ser interpretada como um simples “tique”.

Essa patologia foi descrita pela primeira vez, em 1872, por George Huntington, a quem o nome desse distúrbio foi atribuído. Entretanto, o gene responsável pela doença só foi localizado em 1983, sendo identificado no cromossomo quatro. Em 1993, descobriu-se que eram formadas grandes quantidades da sequência CAG (citosina – adenosina – guanina) no local do gene defeituoso. Enquanto uma pessoa normal apresenta 20 repetições, uma pessoa com a Doença de Huntington apresenta mais de 36.

A Doença de Huntington é degenerativa e leva a uma perda de células do gânglio da base. Com o seu avanço, os movimentos voluntários da pessoa afetada tornam-se mais lentos e os movimentos involuntários aumentam. A coreia é caracterizada por movimentos mais marcados na região da cabeça, tronco e membros. A dificuldade motora afeta a fala e a deglutição de alimento. As tarefas habituais, como dirigir e escrever, tornam-se cada vez mais complicadas.

Além disso, ela também afeta o aprendizado, capacidade de concentração e memória. Problemas como instabilidade emocional, mudança de humor, agressividade e depressão são comuns em mais de 50% dos afetados. Muitos casos de suicídio são relatados, portanto o acompanhamento psicológico é fundamental. Crises convulsivas não são comuns nos adultos, mas podem ocorrer e, nesses casos, podem ser fatais.

A DH pode ser dividida em três estágios. No seu estágio inicial, as manifestações são mais sutis, normalmente ocorrem alterações de humor e poucos movimentos involuntários. No estágio intermediário, ocorre um aumento da coreia, além de a fala, deglutição e memória passarem a ser afetadas. No estágio avançado, o paciente tem coreia grave, engasgos, perda da capacidade de fala e de locomoção. Geralmente os sintomas se iniciam a partir dos 40 anos, mas a forma juvenil pode se manifestar antes dos 20. A doença também pode agir tardiamente em idosos com mais de 50 anos.

O diagnóstico é feito através da observação das manifestações clínicas e uma avaliação do histórico familiar. A confirmação da doença será feita após a realização da técnica de PCR, que tornará possível a contagem do número de repetições da sequência CAG.

Uma pessoa com Doença de Huntington pode viver em média de 15 a 20 anos após o surgimento da doença. Vale destacar que o óbito ocorre em decorrência de complicações relacionada ao distúrbio. Mortes por asfixia e traumatismo craniano são comuns.

Essa doença não tem cura, apenas algumas terapias que amenizam os seus sintomas. Um tratamento com uma equipe multidisciplinar é extremamente importante.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
Sociologia
Friedrich Engels
Veja nesta videoaula uma breve biografia de Friedrich Engels, um dos maiores nomes do marxismo.
Outras matérias
Biologia
Matemática
Geografia
Física
Vídeos