Doença do sono, giardíase e leishmaniose tegumentar
Doença do sono: transmitida pela picada da mosca tsé-tsé (Glossina palpalis), quando hospedeira do protozoário Trypanosoma brucei gambiense ou Trypanosoma brucei rhodesiense. Doença típica de países africanos, os indivíduos acometidos apresentam-se, inicialmente, febris, cansados e anêmicos. Caso não sejam tratados, a doença pode se desenvolver para o estágio crônico. Nesta etapa, devido à presença do parasita no sistema nervoso central, os tecidos desta região são lesionados, desencadeando em sonolência contínua, enfraquecimento corporal e perturbações, provocando a morte do sujeito acometido.
Giardíase: é causada pelo Giardia lamblia: protozoário flagelado que infecta o intestino delgado e provoca náuseas, dores abdominais e diarreias (ou prisão de ventre), podendo levar a vítima à desidratação. Tal como outras disenterias causadas por protozoários, como amebíase e balantidiose, o contágio se dá por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes contendo cistos deste parasita. Assim, saneamento básico e cuidados com a higiene podem prevenir a doença.
Leishmaniose tegumentar (úlcera de bauru): provocada pela Leishmania braziliensis, L. amazonensis ou L. guyanensis, é transmitida por meio da picada de fêmeas de mosquitos do gênero Lutzomya, popularmente denominados mosquitos-palha. Na pele, o parasita se reproduz assexuadamente formando, no local, lesões visíveis e difíceis de serem cicatrizadas. Mais tarde, caso não seja tratada, acomete mucosas da boca, nariz e faringe. O controle da doença pode ser feito por meio de vacinação e proteção contra a picada do mosquito, utilizando-se de roupas adequadas, repelentes e mosquiteiros, ao dormir.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia