Leishmaniose visceral e malária

Lutzomyia longipalpis, ou mosquito-palha: agente transmissor da leishmaniose visceral.

Leishmaniose visceral (calazar): é causada pelo protozoário flagelado Leishmania chagasi ou Leishmania donovani. É transmitida pela picada de fêmeas do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis), estes que possuem hábito crepuscular e costumam viver em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de material orgânico. Febre, cansaço, anemia e inflamação no baço, medula óssea, rins, fígado e intestinos são alguns sintomas causados por este parasita. Tais lesões podem levar o indivíduo acometido a óbito.

Malária: provocada por indivíduos do gênero Plasmodium, é transmitida por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles: o mosquito-prego. Pela corrente sanguínea, o parasita chega ao fígado e baço, se reproduzindo assexuadamente. Estas novas formas, denominadas merozoítos, invadem hemácias, por lá crescem e, novamente, se reproduzem. Devido a estes dois fatores, as hemácias se rompem, provocando episódios de febre e também anemia, cansaço, desânimo e falta de ar. O quadro febril se manifesta em intervalos de tempo específicos, dependendo do parasita responsável pela infecção. Quando é o Plasmodium falciparum, os intervalos variam entre 36 e 48 horas. No caso do Plasmodium vivax, esse tempo corresponde a 48 horas. Já o Plasmodium malarie, os surtos febris se manifestam de 72 em 72 horas. O primeiro protozoário citado pode causar anemias graves e também comprometer o cérebro. Em muitos casos, é necessário que o paciente receba transfusões de sangue. Evitar o mosquito é a melhor forma de se precaver contra a malária. 

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia




Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima
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