Hepatite D

A Hepatite D só ocorre associada à presença do vírus da Hepatite B.
Observe o vírus da Hepatite D. Esse vírus necessita do vírus da Hepatite B para completar seu ciclo de vida

A Hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D ou VHD e acontece em praticamente todo o mundo.  No Brasil, o maior número de casos dessa doença ocorre em áreas da Amazônia.

Uma característica peculiar desse tipo de hepatite é que ela só se manifesta se a pessoa também estiver infectada pelo vírus da Hepatite B. O VHD necessita do vírus da Hepatite B para completar seu ciclo de vida (replicação e transmissão).

A doença pode apresentar-se assintomática ou não. Quando sintomática, ela pode gerar cansaço, tontura, falta de apetite, náusea, vômitos, febre, pele e olhos amarelados (icterícia), urina escura e fezes claras.

Pode-se adquirir o vírus D juntamente ao vírus B, nesse caso, dizemos que houve uma coinfecção. Mas o vírus D pode ser também contraído após o paciente ter sido infectado com o vírus B, o que chamamos de superinfecção. Os dois tipos de infecção descritos podem determinar o curso da doença.

Quando ocorre uma coinfecção, geralmente o indivíduo manifesta uma hepatite aguda benigna, similar às características de uma Hepatite aguda B. Geralmente o paciente recupera-se totalmente da doença, sem complicações.

Quando ocorre a superinfecção, temos um fato mais preocupante, pois é provável que aconteça algum grave dano hepático, ocorrendo a evolução rápida para a cirrose. Vale destacar que o risco de se ter uma hepatite crônica (aproximadamente 90%) é maior que na coinfecção. Quando o paciente já possui uma hepatite crônica causada pela Hepatite B, a superinfecção poderá agravar o quadro clínico. Vale destacar que as formas fulminantes acontecem mais frequentemente nos casos de superinfecção.

Testes sorológicos podem ser realizados para a confirmação do diagnóstico. No caso da hepatite aguda, não existe tratamento e, portanto, adota-se a conduta expectante. Assim, recomenda-se que o paciente não consuma bebidas alcoólicas por pelo menos um ano. Já no caso da hepatite crônica, o tratamento consiste na administração de interferon alfa.

Sem dúvidas, a forma mais eficaz para se prevenir a Hepatite D é através da vacina contra a Hepatite B, uma vez que aquela só se manifesta em pessoas infectadas pelo vírus desta. Vale destacar que não existe uma vacina específica para a Hepatite D.

Veja abaixo outras formas de prevenção:

- Em toda relação sexual, use camisinha.  Além de proteger contra as hepatites, previne contra AIDS e outras DSTs;

- Não compartilhe agulhas, seringas, alicates, entre outros materiais cortantes. É importante que as mulheres fiquem atentas quando forem ao salão, verificando sempre se o material está sendo esterilizado. O ideal é sempre levar o seu próprio material;

-Lembre-se sempre de que colocar piercings e fazer tatuagens são atividades que requerem alguns cuidados, uma vez que também é uma via de transmissão para a Hepatite. Faça sempre em locais seguros e verifique se todo o material é descartável e/ou esterilizado;

- Mulheres grávidas devem fazer todos os exames a fim de verificar se possui ou não Hepatite. O diagnóstico permite que o médico indique as melhores maneiras para se tentar evitar a transmissão para o bebê.

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
Química
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