Inquilinismo
O inquilinismo é uma relação ecológica harmônica e interespecífica. Isso significa que nele temos uma interação entre indivíduos de espécies diferentes que resulta em uma associação em que nenhum dos envolvidos é prejudicado. Como exemplo de inquilinismo, podemos citar as plantas epífitas, que crescem sobre o tronco de outras árvores sem retirar delas nenhum nutriente.
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O que é o inquilinismo?
O inquilinismo é uma relação ecológica em que indivíduos de espécies diferentes interagem, porém apenas uma espécie beneficia-se da interação, e a outra não é prejudicada nem beneficiada.
No inquilinismo temos o organismo chamado de inquilino e o hospedeiro. O inquilino estabelece-se no corpo do hospedeiro de modo a conseguir abrigo, proteção ou suporte sem causar nenhum dano a esse outro ser vivo. O hospedeiro, nesse caso, diferencia-se do hospedeiro presente em uma relação de parasitismo, pois, nesta, o parasita retira os nutrientes de que precisa do outro organismo.
Exemplos de inquilinismo
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Plantas epífitas que vivem sobre o tronco de árvores
As epífitas são, sem dúvidas, o exemplo mais conhecido de inquilinismo. Essas plantas, como bromélias e orquídeas, desenvolvem-se sobre o tronco de outras plantas (chamadas de forófitos), porém não causam nenhum prejuízo às plantas onde crescem. Diferentemente das chamadas plantas parasitas, que retiram nutrientes da planta hospedeira, as epífitas são capazes de retirar as substâncias necessárias para sua sobrevivência, por exemplo, da umidade atmosférica e detritos acumulados.
As epífitas, ao desenvolverem-se no tronco de outras plantas, têm maior acesso à luminosidade, sendo esse um grande benefício para o vegetal, uma vez que são encontradas preferencialmente em florestas tropicais úmidas, as quais se destacam por possuírem copas das árvores que impedem que grande parte da luz solar atinja o solo. A planta epífita, portanto, ao desenvolver-se nesses locais, consegue condições ideais para sua sobrevivência sem causar benefícios ou prejuízos ao forófito.
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Fierásfer e pepino-do-mar
Outro exemplo de inquilinismo bastante conhecido é a relação entre o peixe, conhecido como fierásfer ou peixe-agulha, e o pepino-do-mar. Esse pequeno peixe abriga-se do interior do corpo do pepino-do-mar, saindo para alimentar-se e depois voltando para o interior do equinodermo. O fierásfer, portanto, consegue proteção dentro do corpo do pepino-do-mar sem prejudicá-lo ou causar prejuízo.
Inquilinismo ou comensalismo?
Alguns autores classificam o inquilinismo como comensalismo. Isso se deve ao fato de que o comensalismo é uma relação ecológica interespecífica na qual um dos envolvidos é beneficiado e o outro não tem prejuízo ou benefício com essa associação, assim como ocorre no inquilinismo.
Os autores que aceitam essas duas relações como distintas consideram o inquilinismo uma relação ecológica que está associada à obtenção de abrigo ou suporte, enquanto o comensalismo preocupa-se apenas com a alimentação, com um organismo alimentando-se dos restos alimentares de outro.
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Exercício sobre inquilinismo
Veja uma questão que aborda o tema inquilinismo:
(UFCG) Existem inúmeras formas de associação entre os seres vivos nas relações ecológicas e, consequentemente, uma classificação. A relação interespecífica harmônica, em que uma espécie é beneficiada e a outra nada sofre, é classificada como: a) Mutualismo e amensalismo. b) Comensalismo e mutualismo. c) Mutualismo e inquilinismo. d) Comensalismo e amensalismo. e) Inquilinismo e comensalismo. |
Resposta: Letra “e”, pois tanto o inquilinismo como o comensalismo são relações ecológicas que ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes, e não há prejuízo para nenhum dos envolvidos. Devido à semelhança entre as duas relações, o inquilinismo é considerado por muitos autores como comensalismo. O mutualismo é uma relação interespecífica harmônica em que ambos os envolvidos são beneficiados. O amensalismo é uma relação interespecífica desarmônica.