O cnidário imortal

A espécie Turritopsis dohrnii é considerada um cnidário imortal, pois apresenta a capacidade de voltar a ser jovem, retornando à fase de pólipo.
Você sabia que existe uma espécie de cnidário imortal?

Alguns animais surpreendem porque possuem expectativa de vida extremamente elevada, como é o caso da ostra Arctica islandica, que vive 400 anos. Outros, no entanto, vivem extremamente pouco, como alguns insetos que morrem antes de completar 24 horas de vida. Todos esses seres, no entanto, apresentam em comum o fato de que certamente enfrentarão a morte, uma etapa inevitável do ciclo da vida. Mas será que essa etapa é realmente inevitável?

No ciclo da vida, todos os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se e morrem, não é verdade? Não, nem todos os organismos passam por essas etapas. Uma espécie de cnidário conhecida como Turritopsis dohrnii consegue driblar a última e mais preocupante etapa do ciclo e, por isso, é considerada imortal.

A espécie Turritopsis dohrnii passa por uma fase de pólipo e outra de medusa. Na fase adulta, quando se encontra na forma de medusa, ela pode voltar à sua forma de pólipo, reprogramando o seu DNA para isso. O que se percebe, então, é que, ao invés de ser programada para morrer, essa espécie de cnidário consegue iniciar sua vida novamente.

Apesar de conseguir voltar à fase jovem, isso não é sinônimo de que a espécie nunca morrerá. Caso o cnidário seja predado por outro animal ou seja agredido de forma bastante violenta, ele, infelizmente, completará seu ciclo de vida. Entretanto, caso não ocorra nenhum desses episódios, ele viverá para sempre.

Diante de sua imortalidade, não é de se surpreender que essa espécie esteja aumentando assustadoramente a sua população. Atualmente, a espécie é encontrada na região do Mediterrâneo, Panamá, Espanha, Japão e Flórida. Isso demonstra que, além de imortal, a espécie é capaz de se adaptar a diferentes ambientes.

Essa importante característica foi descoberta e comunicada à Comunidade Científica em 1996 no The Biological Bulletin. O trabalho intitulado Reversing the Life Cycle: Medusae Transforming into Polyps and Cell Transdifferentiation in Turritopsis nutricula (Cnidaria, Hydrozoa) foi realizado por Stefano Piraino, Ferdinando Boero, Brigitte Aeschbach e Volker Schmid. Acesso-o clicando aqui!

Publicado por Vanessa Sardinha dos Santos
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