Hepatite E
A Hepatite E é uma doença viral, relativamente rara no Brasil, causada por um vírus chamado de VHE, que se assemelha aos pertencentes à família Caliciviridae. A contaminação ocorre normalmente através de transmissão fecal-oral, água e alimentos contaminados. Sendo assim, podemos concluir que é uma patologia mais frequente em locais com saneamento básico deficiente, ocorrendo principalmente nos países em desenvolvimento.
De maneira geral, é uma doença assintomática, porém algumas manifestações clínicas desagradáveis podem surgir, tais como mal-estar, cansaço, enjoo, vômitos, febre baixa e dor abdominal. Pele e olhos amarelados também são característicos dessa hepatite, além de urina escura e fezes relativamente claras. Os sintomas da hepatite E surgem normalmente em uma média de 40 dias após o contato com o vírus.
O diagnóstico é feito através de exames de sangue, que possuem como finalidade identificar anticorpos anti-HEV. Na fase aguda, pode-se observar a presença do vírus também em exames de fezes. Não existe um tratamento específico para a doença, entretanto recomenda-se que o paciente não faça consumo de bebidas alcoólicas por pelo menos 1 ano. A dieta livre é aconselhada, apesar de muitas pessoas acharem que o paciente necessita de alguma mudança nos hábitos alimentares. Além disso, é necessário que o doente fique de repouso no período inicial da doença. Normalmente a Hepatite E cura-se entre 2 e 6 semanas aproximadamente.
Em virtude das formas de contaminação, a melhor maneira de prevenir a Hepatite E é manter bons hábitos de higiene. Dentre as medidas mais importantes, destacam-se:
- Lavar sempre as mãos com água e sabão, principalmente antes das refeições e do preparo de alimentos e após utilizar o banheiro;
- Beber apenas água clorada ou fervida;
- Lavar sempre os alimentos com água tratada;
- Cozinhar bem os alimentos;
- Evitar comer frutos do mar de áreas que apresentam saneamento básico precário;
- Não brincar em rios, lagos e mares em que há o descarte de esgoto.
Ainda como forma de prevenção, é importante ressaltar a importância das autoridades na melhoria das condições de saneamento básico. Sem instalações sanitárias adequadas, a transmissão da doença pode ocorrer mesmo com a conscientização da população sobre os hábitos de higiene.
Atenção: Mulheres grávidas são mais suscetíveis a uma forma de hepatite fulminante, em que as taxas de mortalidade podem atingir 20%. Nesses casos, frequentemente recomenda-se a internação da paciente.