Cola de sapateiro

O uso crônico da cola de sapateiro desencadeia em graves sequelas.

A cola de sapateiro é um produto feito à base de diversos solventes orgânicos, como o tolueno. Solventes são substâncias geralmente inflamáveis e facilmente introduzidas no organismo por meio de aspiração, conferindo um efeito depressor do sistema nervoso.

Por ter baixo custo e ser facilmente encontrada, um número considerável de jovens de rua e de fase escolar têm utilizado a cola de sapateiro em busca de seus efeitos. Só para se ter uma ideia, em pesquisa realizada em 2002, pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, constatou-se que a cola de sapateiro é a terceira droga mais consumida em nosso país, depois do tabaco e do álcool.

Seus efeitos incluem sensações de leveza, torpor, excitação e euforia; que tendem a ser acompanhadas por visão dupla, perda de controle, fala arrastada, andar vacilante, irritação dos olhos e mucosa, e comportamento agressivo e impulsivo. Como estes se iniciam em poucos segundos, o usuário tende a aspirá-la por diversas vezes; fazendo com que sistema nervoso e organismo em geral sejam agredidos de forma mais rápida.

Assim, o indivíduo está sujeito a transtornos como: perda de consciência, convulsões, insuficiência renal, problemas na memória, falta de equilíbrio, paralisia de membros inferiores, problemas pulmonares, depressão respiratória, arritmia cardíaca e até morte súbita. E, quando se encontra em estado de dependência, a abstinência confere a ele comportamento hiperativo e ansioso, alucinações, delírios, calafrios e irritabilidade.

Considerando estes problemas relativos à saúde pública, e o fato de que menores sob o efeito de cola cometem bem mais atos infracionais do que os que não utilizaram; a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2006, fixou regras mais rígidas referentes à fabricação, venda e distribuição da cola de sapateiro e outros inalantes. 

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia


Publicado por Mariana Araguaia de Castro Sá Lima
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