Rompendo a barreira do som
Diz-se que a barreira do som foi rompida quando um objeto ultrapassa a velocidade do som no ar, que é de aproximadamente 1224 km/h (340 m/s). Ao atingir tamanha rapidez, o objeto atropela as ondas sonoras geradas por ele próprio. O efeito é uma grande onda de choque, que provoca um grande estrondo.
Aviões supersônicos
Quando os chamados aviões supersônicos atingem a velocidade do som, dizemos que a aeronave voa em “Mach 1”, unidade que indica que o voo é executado na velocidade das ondas sonoras. Na medida em que é acelerada, a aeronave pode atingir valores superiores de velocidade denominados de Mach 2, Mach 3 etc., que são múltiplos da velocidade Mach 1.
Ao se deslocar mais rápido que o som, a aeronave comprime o ar à sua volta, aumentando drasticamente a pressão. Isso gera uma onda de choque, que pode ser sentida por um possível observador no solo. Esse observador primeiro vê a passagem da aeronave e, depois, ouve o estrondo causado. O som chega depois, pois a fonte sonora possui velocidade superior.
O vídeo acima mostra um caso famoso ocorrido em Brasília-DF. A onda de choque gerada pela passagem de um avião supersônico foi tão intensa que despedaçou as vidraças do Supremo Tribunal Federal (STF). A passagem das aeronaves Mirage 2000 da Força Aérea Brasileira (FAB) ocorreu em comemoração à troca da bandeira na praça dos Três Poderes, em julho de 2012.
Rompendo a barreira do som com o próprio corpo
Em outubro de 2012, o austríaco Felix Baumgartner saltou em queda livre da estratosfera após ser levado por um balão até uma altura aproximada de 36 km. Na queda, que durou 4 minutos e 20 segundos, o paraquedista atingiu a velocidade de 373 m/s, tornando-se a primeira pessoa a romper a barreira do som com o próprio corpo.
Em outubro de 2014, Alan Eustace, executivo do Google, subiu 41 km de altura, permanecendo em queda livra por cerca de 4 minutos e 30 segundos. Eustace também rompeu a barreira do som com o próprio corpo.
*Crédito da imagem: Cristopher McRae / Shutterstock.com