Dorsal oceânica
Uma dorsal oceânica é uma espécie de forma de relevo submarino que se forma a partir do processo de afastamento entre duas placas tectônicas. Também chamadas de Dorsais meso-oceânicas, elas constituem-se como relevos jovens e estáveis geologicamente, embora se apresentem em forma de cadeias montanhosas submersas pelos oceanos.
O local de surgimento de uma dorsal oceânica é exatamente nos pontos de maior renovação da litosfera terrestre, isto é, de formação de rochas a partir da solidificação do magma que ascende à superfície. Como podemos perceber no esquema apresentado a seguir, o afastamento das placas tectônicas provoca uma espécie de “efeito esteira”, de modo que são produzidas novas formas de relevo que, continuamente, deslocam-se para outras áreas.
Esquema simplificado de uma dorsal oceânica
Essa formação geológica manifesta-se graças à elevada pressão interna exercida pelo fluxo de magma que se movimenta em correntes cíclicas, o que chamamos de células de convecção. Nesse caso, a força é realizada para o deslocamento das placas no sentido de separá-las, de forma a propiciar uma abertura para que o magma do manto ou da astenosfera possa emergir e deixar, por meio de sua solidificação, algumas de suas marcas, que são as cordilheiras montanhosas que se constroem.
Como já dissemos, as dorsais oceânicas são formas de relevo geologicamente jovens, de forma que nenhuma das dorsais existentes possui mais do que 200 milhões de anos, o que pode ser considerado muito pouco diante dos 4,6 bilhões de anos que a Terra possui.
É comum, nos pontos extremos das dorsais meso-oceânicas, a formação de escarpas, isto é, elevações acentuadas do relevo com uma queda abrupta em um de seus lados, formando uma espécie de paredão. A configuração geomorfológica dessa orientação é basicamente definida pela velocidade de afastamento das placas e pela intensidade com que o magma é expelido nessas áreas.