Segregação Residencial
A segregação residencial é uma prática muito comum nas cidades, onde há a separação espacial de pessoas conforme sua classe social. Pessoas do mesmo poder aquisitivo tendem a ocupar os mesmos espaços (bairros, condomínios, favelas) destinados à moradia.
O processo de segregação residencial cria um arranjo espacial que forma uma homogeneidade de classes sociais residindo nos mesmos bairros, é o caso de bairros de operários, imigrantes, entre outros.
A separação espacial de diferentes classes sociais não ocorre de forma aleatória, ela segue uma lógica. A classe dominante, na maioria das vezes, dita a lógica dessa segregação, isso porque ela tem o poder de aquisição.
A segregação pode ocorrer em forma de imposição, isso se dá com a camada da população de baixa renda, que não tem muita opção de escolha para locais de moradia. A autossegregação refere-se à classe dominante, que possui o poder de escolher onde residir.
A segregação induzida é constatada na construção de casas populares, bairros desprovidos de infraestrutura adequada, apresentando valores compatíveis com o da população de renda inferior.
Casas populares
Um exemplo da autossegregação são os condomínios fechados. Uma tendência comum nos grandes centros. Esse tipo de espaço para residências é destinado à população de maior poder aquisitivo, que busca melhor qualidade de vida. Onde é proporcionado através de pagamento, serviços como segurança, lazer e outras regalias. São espaços privilegiados em infraestrutura, bens e serviços.
O Estado exerce grande influência no processo de segregação, isso ocorre através de financiamentos às construtoras, instalação de infraestrutura em determinados locais e construção de casas populares destinadas à população de baixa renda, essas normalmente em locais afastados do centro.
O arranjo espacial das cidades reflete os contrastes sociais existentes, a segregação residencial é uma forma de reprodução das relações sociais no modelo econômico capitalista.