Umidade atmosférica

A umidade atmosférica corresponde à presença de água no ar, fator que interfere na dinâmica climática e, em alguns casos, até na saúde das pessoas.
A umidade do ar, ao atingir certo nível de saturação, precipita-se

A umidade atmosférica é um importante elemento atmosférico que compõe o clima. Ela é determinada por alguns fatores climáticos e regula alguns outros, a exemplo das variações de temperatura. Simplificadamente, a umidade do ar é a quantidade de água presente na atmosfera em forma de vapor, ou seja, o quanto o ar que respiramos está úmido, o que interfere não só no clima, mas também em nossa saúde.

É preciso, porém, estabelecer uma diferença entre umidade atmosférica e umidade relativa do ar. A primeira, também chamada de umidade absoluta, é a quantidade total de vapor de água presente na atmosfera. Já a umidade relativa do ar é a quantidade de vapor de água existente até o seu ponto de saturação, ou seja, até a quantidade máxima possível de presença de água no ar antes que ela se precipite.

A umidade absoluta do ar máxima é de 4%, pois, a partir disso, as gotículas de água entram em ponto de orvalho e passam para o estado líquido em virtude de sua saturação. Portanto, com 4% de umidade absoluta, temos 100% de umidade relativa. Consequentemente, se falamos que a umidade relativa do ar está em 25%, significa dizer que a umidade absoluta está em 1%.

A presença da umidade na atmosfera é diretamente sentida pelas pessoas. Quando o ar está muito seco, ou seja, quando a umidade relativa do ar está muito baixa, há uma série de desconfortos, como o ressecamento das vias nasais (o que, em alguns casos, pode gerar sangramento) e a perda excessiva de líquido por meio da transpiração. Já quando a umidade relativa do ar está muito elevada, embora isso não cause problemas à saúde, há um desconforto em relação à sensação de calor “abafado”, muito porque o nosso suor não evapora, acumulando-se sobre a nossa pele.

No clima, as variações de umidade interferem, principalmente, nas temperaturas, ou melhor, nas suas variações durante o dia. Em locais com maior umidade, a amplitude térmica (a diferença entre a maior e a menor temperatura) costuma ser menor, isto é, as médias térmicas costumam ser mais constantes. Já em locais com menor umidade, as temperaturas variam mais, ficando muito quente nas horas de maior insolação e mais frio durante a noite, pois a água conserva por mais tempo as temperaturas.

De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, da Universidade de Campinas (Unicamp), existem alguns níveis de cuidados com relação às diferenças de umidade relativa do ar:

Entre 20% e 30%: Estado de Atenção. Nesse caso, recomenda-se evitar exercícios e caminhadas nas horas mais quentes do dia e com maior insolação, geralmente entre as 11h e 15h no horário convencional.

Entre 12 e 20%: Estado de Alerta. Quando a umidade relativa alcança esses níveis, o tempo de proibição dos exercícios ao ar livre aumenta, indo das 10h às 16h. Também é preciso buscar sempre a hidratação e procurar umidificar o ar.

Abaixo de 12%: Estado de emergência. Além de todas as medidas anteriores, é necessário evitar exercícios físicos durante o dia e procurar sempre se manter hidratado com água, umidificadores e panos úmidos sobre o rosto e as narinas, evitando a irritação das vias nasais.

Publicado por Rodolfo F. Alves Pena
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