Conjunções subordinativas
Analisando as conjunções em destaque nos períodos abaixo:
(1) Você ganhará a promoção, porque foi o melhor vendedor.
(2) Caso você precise de mais informações, ligue para mim.
Percebemos que cada uma estabelece um tipo diferente de relação entre a oração principal e a oração subordinada, não é mesmo? Assim, em (1), a conjunção “porque” inicia uma oração que exprime uma circunstância de causa. Já em (2), a conjunção “caso” inicia uma oração que indica uma condição (real ou hipotética).
De acordo com a ideia que expressam, as conjunções subordinativas podem ser classificadas em:
a) Causais – são aquelas que iniciam uma oração subordinada denotadora de causa: porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, etc.
Exemplos:
Juliana foi para a casa dos pais porque estava sentindo-se sozinha.
Como o voo estava atrasada, resolvemos conhecer aquela cidade.
b) Comparativas – são aquelas que iniciam uma oração que expressa uma comparação: que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior), qual (depois de tal), quanto (depois de tanto, tão), como, assim como, bem como, como se, que nem:
Exemplos:
Era mais simpática do que bonita.
Ele foi tão cuidadoso quanto deveria.
c) Concessivas – são aquelas que iniciam uma oração que expressa concessão: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que, que, etc.:
Exemplos:
Recebi muitos elogios, embora não merecesse.
Ainda que as pernas não ajudem, ele é um bom jogador.
d) Condicionais – são aquelas que iniciam uma oração que expressa uma circunstância de condição: se, caso, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.:
Exemplos:
Caso você precise de mais informações, ligue para mim.
Seria mais útil, se fosse mais comunicativo.
e) Conformativas – são aquelas que iniciam uma oração que expressa uma ideia de conformidade com a algo que foi afirmado na oração principal: conforme, como, segundo, consoante, etc.:
Exemplos:
Organizei os documentos conforme fui orientado pela direção.
Essas são as provas, segundo se lê no processo.
f) Consecutivas – são aquelas iniciam uma oração que traduz uma ideia de consequência: tal, tanto, tão ou tamanho, de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que, etc.:
Exemplos:
Eu vendi tanto esse mês que ganhei a promoção.
Ele ficou tão surpreso que quase não respirava.
g) Finais – são aquelas que iniciam uma oração que indica uma finalidade da oração principal: para que, a fim de que, porque (= para que), que:
Exemplos:
Enviei-lhe o contrato para que assinasse.
Compramos a casa a fim de não pagarmos mais aluguel.
h) Proporcionais – são aquelas que iniciam uma oração que indica gradação ou proporcionalidade: à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais/menos... tanto mais/menos, quanto mais/menos...mais/menos.
Exemplos:
Quanto mais estudo, mais preparada fico para a prova.
À medida que envelheço, tenho mais paciência.
i) Temporais – são aquelas que iniciam uma oração que exprime uma circunstância temporal: quanto, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que, etc.:
Exemplos:
Antes que o prazo terminasse, fiz minha matrícula no mestrado.
Não simpatizei com ela, assim que a vi.
j) Integrantes – são aquelas que iniciam uma oração que possui a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto da oração principal: que e se:
Exemplos:
Afirmo que sou a proprietária da loja.
Não sabia se contava o ocorrido ou me calava.