Luiz Alfredo Garcia-Roza

Luiz Alfredo Garcia-Roza é um romancista carioca. Ele é autor de famosos romances policiais, e uma de suas obras mais conhecidas é o livro Uma janela em Copacabana.
Luiz Alfredo Garcia-Roza é um autor de romances policiais. [1]

Luiz Alfredo Garcia-Roza é um escritor brasileiro. Ele nasceu em 16 de setembro de 1936, no Rio de Janeiro. Mais tarde, fez faculdade de Filosofia e pós-graduação em Psicologia, além de ter sido professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro durante 35 anos de sua vida.

O romancista, que morreu em 16 de abril de 2020, no Rio de Janeiro, é autor de romances policiais da literatura brasileira. Suas obras apresentam monólogo interior, análise psicológica e evidenciam a solidão urbana da contemporaneidade. O detetive Espinosa é um personagem recorrente nos livros de Garcia-Roza.

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Resumo sobre Luiz Alfredo Garcia-Roza

  • Luiz Alfredo Garcia-Roza é um autor carioca.

  • Nasceu em 1936 e morreu em 2020.

  • Grande parte de sua vida foi dedicada à carreira de professor de Filosofia e Psicologia.

  • O escritor publicou seu primeiro romance no ano em que completou 60 anos de idade.

  • As obras literárias de Garcia-Roza pertencem ao subgênero romance policial.

  • Os romances do autor apresentam análise psicológica e narrativas abertas.

  • Uma de suas obras mais famosas é o livro Uma janela em Copacabana.

Biografia de Luiz Alfredo Garcia-Roza

Luiz Alfredo Garcia-Roza nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 16 de setembro de 1936. Tempos depois, a família do escritor foi viver na cidade de Vitória, no estado do Espírito Santo. Na adolescência, Garcia-Roza começou a ler romances policiais, dando início à sua paixão por esse gênero de literatura.

No Rio de Janeiro, ele ingressou na faculdade de Filosofia. Em seguida, fez pós-graduação em Psicologia. E começou a trabalhar como professor de Filosofia e Teoria Psicanalítica na Universidade Federal do Rio de Janeiro na década de 1960. Nessa instituição, nos anos 1980, ele criou o primeiro programa de pós-graduação em Teoria Psicanalítica do país.

Depois de trabalhar 35 anos na Universidade Federal do Rio de Janeiro, ele se aposentou e passou a se dedicar exclusivamente à literatura. Assim, o autor fez sua estreia como romancista no ano de 1996, quando completou 60 anos de idade. O seu primeiro romance policial — O silêncio da chuva — foi um sucesso imediato.

Em 1997, o autor ganhou o Jabuti, o prêmio mais importante da literatura brasileira. Após a publicação de sua primeira obra, outros romances, igualmente bem-sucedidos, vieram à luz. Dessa forma, Garcia-Roza teve reconhecimento em vida. O autor faleceu em 16 de abril de 2020, no Rio de Janeiro.

Características literárias de Luiz Alfredo Garcia-Roza

Luiz Alfredo Garcia-Roza é um autor de romances policiais. Portanto, suas obras possuem as características típicas desse subgênero literário. O enredo é construído a partir de um crime misterioso, que leva a uma investigação. Assim, um personagem frequente em seus romances é o delegado Espinosa.

As histórias são ambientadas na cidade do Rio de Janeiro. Para desvendar os crimes, a narrativa conta com a racionalidade do investigador, sem descartar a imaginação. Apresenta fluxo de consciência e análise psicológica. O autor explora tramas paralelas, privilegia as narrativas abertas e mostra a solidão do meio urbano.

Principais obras de Luiz Alfredo Garcia-Roza

  • O silêncio da chuva (1996).

  • Achados e perdidos (1998).

  • Vento sudoeste (1999).

  • Uma janela em Copacabana (2001).

  • Perseguido (2004).

  • Berenice procura (2005).

  • Espinosa sem saída (2006).

  • Na multidão (2007).

  • Céu de origamis (2009).

  • Fantasma (2012).

  • Um lugar perigoso (2014).

  • A última mulher (2019).

Uma janela em Copacabana, de Luiz Alfredo Garcia-Roza

Capa do livro Uma janela em Copacabana, de Luiz Alfredo Garcia-Roza, publicado pela editora Companhia das Letras. [2]

Dessa vez, no romance policial Uma janela em Copacabana, o delegado Espinosa precisa descobrir quem matou ou mandou matar dois policiais em Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro. Espinosa não é o clássico brutamontes, não é estereotipado. Ele gosta de livros, de boas narrativas; gosto adquirido por meio da influência de sua avó.

O boato acerca da existência de “um matador de tiras” deixa os policiais de sobreaviso. É com a ajuda do inspetor Ramiro que Espinosa vai tentar desvendar esses crimes. E uma das coisas que intriga o delegado é o fato de as vítimas — Ramos e Silveira — terem cotidianos e segredos muitos semelhantes. Para complicar, um terceiro policial, chamado Nestor, é assassinado com o mesmo modus operandi.

Os três foram mortos por uma mesma arma, é o que revela Freire, profissional do Instituto de Criminalística. Mas, três semanas após o primeiro assassinato, Espinosa não tem nenhuma pista, o caso é complicado. Paralelamente à investigação, o delegado mantém um relacionamento amoroso com Irene, que teve um passado amoroso com uma tal de Olga.

Na vida profissional, Espinosa se depara com o suposto suicídio de uma mulher, que pode ter relação com a morte dos policiais. Ela se jogou ou foi empurrada pela janela de um apartamento. Outro mistério é o desaparecimento de Celeste, amante de Nestor. Porém, Espinosa acaba desvendando os mistérios acerca da morte dos corruptos policiais.

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Adaptações das obras de Luiz Alfredo Garcia-Roza

  • Achados e perdidos (2006), longa-metragem dirigido por José Joffily.

  • Romance policial — Espinosa (2015), série dirigida por José Henrique Fonseca.

  • Berenice procura (2018), longa-metragem dirigido por Allan Fiterman.

  • O silêncio da chuva (2019), longa-metragem dirigido por Daniel Filho.

Créditos de imagem

[1] Marcos Michael / Folhapress / Wikimedia Commons (reprodução)

[2] Companhia das Letras (reprodução)

Fontes

AZEVEDO, Fernanda Mara de Almeida. Violência e crime em Luiz Alfredo Garcia-

Roza: um misto de policial e psicanálise. Latino-Americana de Estudos em Cultura,

Niterói, ano 10, n. 18, p. 155-181, out. 2019/ mar. 2020.

CONEXÃO UFRJ. Luiz Alfredo Garcia-Roza ganha título de professor emérito. Disponível em: https://conexao.ufrj.br/2006/10/luis-alfredo-garcia-roza-ganha-titulo-de-professor-emerito/.

MAGDALENO, Renata. A solidão do detetive: uma reflexão a partir de Luiz Alfredo Garcia-Roza. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 33, p. 109-125, jan./ jun. 2009.

VENTURA, Mauro. Livia Garcia-Rosa: “Eu e Luiz Alfredo vivemos a mais bela história de nossas vidas”. O Globo, Rio de Janeiro, 28 jul. 2019.

WIESER, Doris. Entrevista a Luiz Alfredo Garcia-Roza. Revista de Estudios Literarios, Madrid, 08 mar. 2006.

Publicado por Warley Souza
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