Teorema fundamental da semelhança
Dois triângulos são semelhantes quando seus lados correspondentes são proporcionais e seus ângulos, em ordem, são congruentes.
Assim como no caso da congruência de triângulos, existem casos de semelhança de triângulos, os quais reduzem o trabalho de verificar se os triângulos são semelhantes a verificar apenas a congruência de um ou dois ângulos e a proporcionalidade entre dois ou três lados. Os casos de semelhança de triângulos são: ângulo – ângulo, Lado – lado – lado e Lado – ângulo – Lado.
O teorema fundamental da semelhança também é conhecido como “teorema de Tales nos triângulos”. Para compreender esse teorema é bom relembrar primeiro o teorema de Tales, que diz o seguinte:
Um feixe de retas paralelas, intersectadas por duas retas transversais quaisquer, determina segmentos de retas proporcionais como no exemplo:
Nesse exemplo, valem as seguintes proporcionalidades:
MN = MO = NO, além de: MO = RP ou MO = RP
RQ RP QP MN RQ NO QP
O teorema fundamental da semelhança, por sua vez é observado em triângulos, diz o seguinte:
Dado o triângulo ABC e a reta r. Se a reta r intersecta os lados AB e AC, nos pontos D e E desse triângulo, paralelamente ao lado BC, então os triângulos ABC e ADE são semelhantes.
Esses dois triângulos são semelhantes porque é possível mostrar que o caso “Lado ângulo lado” de semelhança se configura neles. Para isso, basta observar:
1- O ângulo do vértice A é comum aos dois triângulos;
2- Os seguimentos AD e AB são proporcionais aos segmentos AE e AC, devido ao teorema de Tales.
As proporcionalidades observadas são:
AD = AE = DE
AB AC BC
Exemplo 1:
1- Sabendo que DE é paralelo a BC, descubra o valor de “h”:
Em decorrência de DE ser paralelo à BC, pelo teorema fundamental da semelhança, pode-se escrever o seguinte:
AD = DE
AB BC
2,11 = 3
h+2,11 6
2,11 · 6 = 3 · (h+2,11)
12,66 = 3h + 6,33
3h = 12,66 – 6,33
3h = 6,33
h = 6,33
3
h = 2,11
Exemplo 2:
Um quadrado DEFG foi inscrito em um triângulo ABC. Sendo BC = 32 cm e a altura relativa a essa base igual a 24 cm, calcule o lado do quadrado.
Como DEFG é um quadrado, então o lado DE é paralelo ao lado GF e, por consequência, DE é paralelo à BC, que é a base do triângulo. Isso configura o teorema fundamental da semelhança.
Digamos que o lado do quadrado tem medida igual a X. A parte da altura do triângulo que sobra da altura do quadrado é igual a 16 – X. Isso acontece por que a altura é 16 cm. Tendo essas medidas em mãos, basta fazer a relação de proporcionalidade:
16 – X = X
16 32
32 · (16 – X) = 16 · X
512 – 32X = 16X
– 32X – 16X = - 512
48X = 512
X = 10,6 cm