Mecanismos de sustentação dos grupos sociais

Os grupos sociais necessitam de certos mecanismos para que possam permanecer coesos e estruturados, como a liderança, as normas e sanções e os símbolos.
Os líderes de um grupo social são responsáveis por representar os anseios e as características do grupo

No processo de estudo de uma sociedade, a Sociologia preocupa-se com uma série de aspectos que influenciam a existência dos agrupamentos de sujeitos sociais. Esses “aspectos” ou, melhor dizendo, “mecanismos” são características específicas de um grupo social e que servem como ponto de apoio para a coesão dos seus diferentes integrantes.

Entre os diferentes mecanismos de sustentação de um grupo social, destacaremos alguns pelo grau de influência que exercem sobre o grupo e seus integrantes. Precisamos levar em consideração que, antes de tudo, os sujeitos que integram um grupo social não estão amarrados e fatalmente condenados a submeterem-se a esses mecanismos, uma vez que possuem sua individualidade e a capacidade, ainda que sob as fortes ameaças de sanções negativas, como veremos, de escolher ou criar seu meio de convivência de acordo com suas necessidades ou desejos.

A liderança

A liderança é possivelmente um dos maiores catalizadores de mobilizações sociais que podemos observar. Debaixo de uma liderança, grupos sociais organizam-se diante de um ideal comum, em nome da resolução de um ou vários problemas ou qualquer outro tipo de ação. O autor alemão Max Weber dedicou-se a estudar as formas de dominação em uma sociedade democrática e, consequentemente, as formas como uma liderança estabelece-se ou é estabelecida. Embora os recortes de Weber sejam muitos e variados, em face da complexidade de seus trabalhos, abordaremos rapidamente as duas principais formas de liderança: a carismática e a burocrática.

A liderança carismática, ou pessoal, estabelece-se em torno da admiração da persona de um indivíduo, ou seja, a exaltação das qualidades individuais do líder em questão, que passa a ter o seu domínio legitimado (reconhecido) por aqueles que escolheram segui-lo ou adotá-lo como representante de suas vontades. Os reflexos desse tipo de liderança são observáveis em várias áreas de uma sociedade, tanto nas atividades políticas e econômicas quanto nas religiosas. Esse tipo de liderança é estabelecido de forma muito pessoal e emotiva, o que muitas vezes constrói laços de caráter irracional entre o grupo e seu líder. Essa é uma das razões que justificam o poder dos líderes carismáticos em serem responsáveis por algumas das maiores mobilizações sociais de nossa história, como é o caso de Adolf Hitler e a mobilização da nação alemã em torno dos ideais defendidos pelo nazismo.

A liderança burocrática, ou a liderança institucional, é estabelecida dentro da estrutura de uma organização institucional. Ela depende de uma hierarquia estabelecida dentro de um corpo burocrático, como o governo de um Estado. Referimo-nos a ela como uma forma de domínio legal, em que o líder é estabelecido como tal de acordo com as leis e regras burocráticas que regem a organização em questão. O líder legal tem seu poder de dominação assegurado pela instituição à qual pertence, independentemente de suas características pessoais.

Normas e sanções sociais

As normas sociais compõem os pilares fundamentais de todas as organizações sociais. Elas estabelecem o que é considerado desejável ou reprovável no comportamento dos integrantes de um grupo, sendo elas as responsáveis pela condução das ações dos seres humanos em sociedade. As normas de uma sociedade refletem ou incorporam traços da cultura vigente do meio em que vigora, de modo que, a partir delas, os sujeitos moldem seu comportamento e suas interações. O poder de regular o comportamento socialmente aceitável é mantido por meio das sanções sociais, que nada mais são do que o instrumento que garante a conformidade do sujeito com as regras estabelecidas. As sanções sociais são aplicadas de acordo com as ações ou comportamento do indivíduo, podendo ser uma recompensa que reforçará a ação em questão ou, então, uma punição que repreenderá o sujeito por comportar-se fora das normas estabelecidas. As recompensas podem ser a conquista da admiração por parte dos demais pelas “boas maneiras”, enquanto as punições podem ser tanto simbólicas, como o isolamento social e a marginalização do sujeito, quanto físicas, como a utilização da força em um ato violento.

Os símbolos


As bandeiras dos países servem como forma de identificação e de representação de uma nação e daqueles que com ela se identificam

Os símbolos possuem papel fundamental na construção da identidade de um grupo social. É por meio deles que o grupo simplifica e comunica as características que compõem sua identidade. O símbolo é algo que possui valor ou significado atribuído por aqueles que o utilizam, de forma que, ao utilizá-lo, o sujeito pretende passar uma mensagem ao seu interlocutor acerca de algum aspecto que lhe seja relevante.

O exemplo mais comum e compreensivo que temos são as bandeiras nacionais dos países. Aqueles que se representam pela bandeira de um país buscam passar a mensagem de que se identificam com as qualidades atribuídas à sua nacionalidade. Outro exemplo são os significados que algumas cores possuem em determinadas situações, como a cor preta, que pode ser o símbolo do luto em algumas culturas.

A língua de uma nação é também um conjunto de símbolos estruturados de forma a permitir a comunicação. Essa ocorrência é estudada pela Linguística, a área do conhecimento que se dedica a entender as formas como interagem os significados e significantes, bem como os seus usos em uma sociedade e sua influência na formação de nosso pensamento.

Publicado por Lucas de Oliveira Rodrigues
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Matemática do Zero | Gráfico de linha, barra (coluna) e setor (pizza)
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