Gliptodonte
Os gliptodontes eram mamíferos característicos da paleofauna da América do Sul, onde se originaram, e lembravam os tatus atuais, entretanto eram bem maiores. Esses animais, atualmente extintos, estão classificados na ordem Xenarthra e surgiram na América do Sul há cerca de 37 milhões de anos, migrando posteriormente para outras partes do continente. Sua extinção ocorreu no último período glacial, junto ao restante da megafauna.
→ Características gerais dos gliptodontes
Os gliptodontes apresentavam uma grande armadura composta por placas ósseas denominadas de osteodermos. Essas placas eram muito espessas, não possuíam articulações e eram ricas em ornamentações, uma característica que favorece a identificação de diferentes espécies de gliptodontes. Além da carapaça típica, os gliptodontes contavam com uma cauda com estruturas pontiagudas que provavelmente era usada para a defesa.
O gliptodonte diferencia-se dos tatus atuais pelo seu tamanho. Em média, os gliptodontes possuíam três metros de comprimento e pesavam em torno de uma tonelada. Já os tatus atuais, como o tatu-canastra, uma das maiores espécies, pode atingir um metro de comprimento e pesar 30 quilos.
Os membros do gliptodonte eram fortes e tinham tamanhos distintos. Os membros posteriores eram maiores que os anteriores, o que fazia com que a parte frontal parecesse rebaixada em comparação com a parte traseira.
Os dedos dos gliptodontes possuíam pequenas garras nas porções terminais, que, diferentemente dos tatus atuais, provavelmente não eram usadas para a construção de tocas. Esses animais também possuíam dentes alongados, que eram usados para cortar e triturar vegetais.