1º de Setembro – Descoberta dos destroços do Titanic
Desde meados do século XVIII, quando o mundo começou a ser definitivamente marcado pelo advento da tecnologia, sobretudo após a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, muitas formas de integração e aproximação geográficas tornaram-se mais sofisticadas e eficientes. Um caso notório foi o dos trens de ferro, movidos a vapor.
Outro caso foi o dos, igualmente movidos a vapor, navios transatlânticos, isto é, capazes de cruzar o Oceano Atlântico em viagens da Europa para a América e vice-versa. O mais famoso dos primeiros modelos de navios transatlânticos foi o britânico RMS Titanic, mais conhecido como Titanic, lançado em 1911 pela White Star Line.
Como é sabido, o Titanic, no ano de 1912, zarpou de Southampton, na Inglaterra, em direção a Nova Iorque, nos EUA, com 2. 223 pessoas a bordo. Entretanto, não chegou ao seu destino final. O gigante transatlântico, que pertencia à série “Olympic” de navios luxuosos da White Star Lines, naufragou na madrugada de 14 para 15 de abril de 1912 após colidir com um iceberg. 1. 517 pessoas morreram naquela noite. Durante mais de oitenta anos, não foi possível fazer uma descrição precisa da tragédia, desde o impacto do navio até o regaste dos sobreviventes, bem como o modo como o navio teria afundado. Isso só foi possível a partir de 1985.
Em 1º de setembro de 1985, uma equipe de oceanógrafos comandada pelos franceses Jean-Louis Michel e Robert Ballard conseguiu localizar os destroços do Titanic valendo-se de um sonar com varredura lateral. Os destroços estavam submersos a uma profundidade de 3. 800 metros da superfície do mar. Além da localização das partes do navio, os oceanógrafos cuidaram também do processo de documentação do achado, com fotografias e filmagens.
Todo o material coletado serviu de base para maiores explicações sobre o acidente. A descoberta de que o navio havia se partido ao meio, quando a proa inclinou, só foi possível a partir da localização dos destroços. Nesse sentido, o dia 1º de setembro é um marco histórico não apenas para a história do Titanic, mas também para a história das descobertas oceanográficas.
Em 1997, o diretor de cinema James Cameron lançou o famoso filme “Titanic”, estrelado por Leonardo di Caprio e Kate Winslet, que teve como suporte de reconstrução histórica do acidente a descoberta de 1985.